O prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes (PSDB), está mesmo disposto a renunciar no dia 7 de abril para concorrer a um cargo majoritário em outubro. A preferência, manifestada em incontáveis mensagens que recebe de lideranças do Vale do Itajaí, é pela disputa de uma vaga no Senado.
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Para ouvir o eleitorado catarinense, o prefeito vem viajando pelo interior de Santa Catarina. Começou pelo Extremo Oeste, onde proferiu palestras, participar de encontros partidários. Em cinco encontros regionais reuniu lideranças de 12 municípios, abrangendo área com 29. Repete o roteiro neste fim de semana. Esteve ontem falando na Associação Comercial de São Lourenço do Oeste.
São vários os argumentos para concorrer nas próximas eleições. Cita: o PSDB tem hoje dois senadores, Paulo Bauer e Dalírio Beber. Nenhum deles vai para a reeleição; o PSDB precisa montar palanque para as campanhas de Geraldo Alckmin à Presidência e Paulo Bauer ao governo; o Vale do Itajaí não pode prescindir de forte representação política para resolver graves problemas ligados ao governo federal, a começar pela inadiável duplicação da BR-470.
— O sentimento que registro na população é “vá” — afirma Bernardes. O povo me quer no Senado.
Esta semana, o G6, grupo de entidades empresariais do Vale do Itajaí esteve com o prefeito para incentivá-lo à uma candidatura majoritária sob a alegação de que o Vale precisa de representação em Brasília.
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A sucessão em Blumenau, se ele renunciar, será a mais tranquila de Santa Catarina. Napoleão Bernardes costuma enfatizar que governa junto com o vice-prefeito Mário Hildebrand (PSB).
— Ele governa comigo, temos uma fina sintonia e não vai nem precisar de transição – conclui o prefeito indicando a renúncia.
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