O falecimento do jornalista Dércio Rosa, editor e proprietário dos jornais Sul Brasil, de Chapecó, e O Vale, de Joaçaba, enlutou a imprensa de Santa Catarina. Ele sofreu infarto fulminante aos 59 anos.  

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A Associação Catarinense de Imprensa emitiu nota de pesar, lembrando os serviços prestados pelo profissional, um jornalista e empresário querido e prestigiado em todo o oeste catarinense.

Assinada pelo Diretor Regional da ACI em Chapecó, a nota diz mais:  

“Dércio teve intensa atuação na comunicação catarinense, desde o quase centenário jornal O ESTADO, de Florianópolis, que dominou a mídia impressa catarinense por muitos anos. Constituiu empresas jornalísticas próprias e editou os jornais Sul Brasil, em Chapecó, e O Vale, em Joaçaba, entre outros empreendimentos.

Dinâmico e arrojado, modernizou os processos de produção e circulação do jornal impresso e ampliou o nível de leitura nas regiões onde seus periódicos circularam. 

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Desenvolveu programas de integração entre os jornais, o setor empresarial e a sociedade civil, criando campanhas que buscavam, simultaneamente, o aumento da circulação dos veículos impressos e a arrecadação de recursos para entidades sociais e assistenciais.

Acreditava que a ação dos meios de comunicação de massa impactava diversas esferas sociais, dinamizava as relações econômicas, acelerava a produção cultural e, no plano psicossocial, atuava como poderoso instrumento de informação e educação, contribuindo fortemente para a formação cidadã da população. Por isso, sempre colocou seus jornais a serviço das escolas e das entidades de intermediação social.

Dércio Rosa pilotou, simultaneamente, vários projetos dentro e fora da área da comunicação social, inclusive na área frigorífica e de fabricação de equipamentos rodoviários de segurança para aeroportos. Mas a comunicação era a sua paixão.

Foi um dos mentores do modelo de organização das empresas de comunicação e exerceu a presidência institucional e a vice-presidência regional do oeste da Associação dos Jornais Diários de Santa Catarina (ADI), entidade que valorizou os veículos impressos e permitiu melhor aproveitamento das verbas publicitárias públicas e privadas.

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Otimista e inovador, enfrentou com tranquilidade a avassaladora onda de mudanças e transformações provocadas pelo surgimento da mídia digital e seus influxos nas mídias tradicionais (eletrônicas e impressas). Acreditava na importância da mídia digital, mas acompanhava a evolução do setor, sendo entusiasta da criação da plataforma Portais de Notícias.

Inquieto, sempre tinha em mente projetos, metas e propósitos. As crises nunca o intimidaram. Sua ausência abre uma lacuna eterna na comunicação catarinense.”