O Rio de Janeiro registrou em 2018 a morte de 71 policiais militares, todos vitimados pelo crime organizado e pela bandidagem, quando batalhavam pela segurança. Ninguém tem notícia de uma firme atuação das Comissões de Direitos Humanos da OAB, da CNBB ou de entidades civis, amparando e protegendo as vítimas e suas famílias. Mas multiplicam-se no noticiário mobilizações em favor dos bandidos, numa irracional inversão de valores.

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Por que, afinal, a morte de Marielle Franco ganha há quase um ano mais páginas de jornais, mais debates nos parlamentos e mais espaços nos telejornais do que os homens que protegiam a sociedade e foram assassinados, muitos deles de forma traiçoeira? Investigue-se com rigor os mandantes da morte da vereadora, mas a prioridade primeira deveria ser a descoberta dos assassinos dos policiais que protegiam suas comunidades.

Este cenário de terror que se vive no Rio e em várias cidades brasileiras começou a mudar com a iniciativa do ministro da Justiça, Sérgio Moro, na apresentação da Lei Anticrime.

O texto inicial enfatiza, com toda razão, que o Estado foi omisso ou enfraqueceu deliberadamente as forças de segurança, para proteger a bandidagem. Incluindo os que cumprem penas nas penitenciárias, todos beneficiários de bolsas com valores superiores ao salário mínimo pago aos trabalhadores que suam durante 30 dias para recebê-lo.

A fala do ministro esteve rigorosamente identificada com a voz das urnas e com os clamores da nação. Merece transcrição parcial: “O governo declara guerra ao crime organizado – guerra moral, guerra jurídica e guerra de combate”.

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As medidas propostas no projeto devem ser aprovadas. E já.