O vice-governador Eduardo Pinho Moreira está determinado a iniciar uma nova e impactante fase no governo estadual, adotando medidas de repercussão estadual e com reflexos políticos e eleitorais. As de maior eficácia englobarão a estrutura administrativa. Várias secretarias ficarão sem titulares, outras serão reformuladas e há até a hipótese de serem extintas. A Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte, por exemplo, não terá novo titular. Se tiver viabilidade na reforma, Moreira transferirá o turismo para vinculação em seu gabinete como secretaria executiva e removerá a Fundação Catarinense de Cultura para a órbita da Secretaria da Educação.

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A Secretaria de Assuntos Estratégicos, que Raimundo Colombo criou para abrigar correligionários e até hoje não disse a que veio, será desativada se não for extinta. Pelos estudos feitos por assessores do novo governador, na prática, deixará de existir. A Secretaria do Planejamento deverá ter como titular o ex-prefeito Cassio Taniguchi, atual secretário da Microrregião, que poderá acumular as duas funções, também com o objetivo de reduzir despesas.

Órgãos estaduais da administração descentralizada, como fundações e empresas poderão ter, igualmente, indicações técnicas de servidores de carreira, ou indicação de diretores atuais no lugar dos presidentes, como forma de economizar recursos públicos. Se tudo isso ocorrer, Eduardo Pinho Moreira se consolida como governador já durante a licença de Raimundo Colombo, oxigena sua candidatura ao governo do Estado pelo PMDB. Fortalecido com medidas impactantes poderá se transformar na opção do partido, caso Mauro Mariani, Udo Döhler e Dário Berger continuem taxiando ou fora do jogo sucessório.