* Por Renato Ígor
O que mais chamou atenção no anúncio, nesta segunda-feira (03), da nova estrutura de governo e dos quatro secretários divulgados foi o fato de que não é tão simples “mudar tudo que está aí”, como afirmava na campanha o então candidato Jair Bolsonaro. O colega e colunista político Upiara Boschi lembrou o que o então candidato Comandante Moisés falava durante a campanha. O ex-bombeiro era o “candidato da mudança”, “não da meia mudança”. Dos quatro nomes confirmados (dois deles antecipados pela coluna nesta segunda-feira), dois são ligados ao MDB e representam a continuidade. O dono do cofre, inclusive: Paulo Eli (Fazenda) e Leandro Lima (Administração Prisional). Existem várias interpretações para isso. A ausência de quadros no PSL para funções de suma importância e que requerem experiência e conhecimento técnico, afinidade construída durante a transição, reconhecimento do trabalho realizado e construção de governabilidade na Alesc.
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Sem perguntas
O governador eleito Carlos Moisés da Silva comunicou a estrutura de governo, a redução de 15 para 10 secretarias (também antecipado pela coluna nesta segunda-feira), os nomes de quatro secretários e saiu para um compromisso pré-agendado na defesa civil. Lamenta-se o fato de os jornalistas não conseguirem fazer perguntas diretamente ao governador eleito.
Avanço
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Muito boa a ideia de criar uma Controladoria Geral do Estado para aprimorar a auditoria e controle internos. A equipe de transição preparou um sistema baseado no que há de mais moderno em termos de governança corporativa. Trabalhar com métodos, processos simplificados, ampliar controle e avaliar produtividade. Alinhando com o servidor, valorizando quem mais produz. Este é o caminho.
Não vou
O evento ocorreu no moderno Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd), no bairro Capoeiras, em Florianópolis. É o centro da Defesa Civil com tecnologia de ponta e imagens de satélite. Seria racional a Epagri/Ciram, com seus meteorologistas, estarem integrados à estrutura. Há dois anos tenta-se convencer a equipe do Ciram a sair do Itacorubi e trabalhar no prédio da Defesa Civil, no continente. Sem sucesso. Seria inacreditável o Estado ter que contratar um serviço de meteorologia mesmo tendo profissionais concursados. E o pior é que isso pode acontecer.