Fundado há 53 anos, com presença marcante em todos os municípios, o MDB vive seu inferno astral. Partido que já teve três governadores, enfrenta um vácuo de comando desde a derrota de Mauro Mariani, presidente estadual, no primeiro turno das eleições de outubro.

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São múltiplas as queixas de parlamentares, prefeitos e lideranças regionais com a ausência de uma liderança expressiva para conduzir o partido à Convenção Estadual que vai eleger os novos dirigentes. É imprevisível, também, o que vai acontecer na próxima eleição partidária.

Com a prisão de Michel Temer, o político vivo que mais tempo presidiu o MDB nacional, a situação em Santa Catarina tende a se agravar. Os deputados Valdir Cobalchini e Moacir Sopelsa já estavam com um pé fora, pelos desencontros com a bancada e a falta de liderança para resolver os impasses internos. O senador Dário Berger não esconde desencantos com o comando nacional em Brasília. Deputados federais de expressão, alguns da nova safra, sentem-se deslocados no meio da velharada da direção, muitos denunciados, investigados, réus ou presos na Lava-Jato.

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, também não faz segredo que não está à vontade e que poderá estudar novas alternativas partidárias. Com um esforço redobrado de obras e serviços na Capital, por conta de seu projeto de reeleição, tem consciência de que no MDB não se cria mais. Aguarda, contudo, o momento mais apropriado do desembarque.

Depois da inesperada derrota eleitoral de 2018, o MDB vive seu momento mais crítico de sua história.

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Sigilo quebrado

Ministério Público Federal emitiu parecer sobre a ação civil pública impetrada pela prefeitura de Palhoça contra Autopista Litoral Sul e ANTT, pelos atrasos na conclusão do Contorno Viário de Florianópolis. Ao concordar com os pleitos do prefeito Camilo Martins (PSD), a Procuradoria da República requereu a quebra do sigilo fiscal da Autopista desde o início da concessão, em 2008. O prefeito alega que o caos no trânsito urbano de Palhoça é provocado pelo não cumprimento do contrato do Contorno, que deveria ter sido concluído há mais de três anos.

Sistema “S”

O deputado federal Darci de Matos (PSD) fez pronunciamento da tribuna da Câmara defendendo redução da contribuição das empresas ao Sistema “S”.

Alega que as entidades arrecadam anualmente R$ 17 bilhões. Desse total, 75% são distribuídos aos Estados e 25% ficam nas Confederações, em Brasília. Matos quer reduzir a parcela de Brasília para 5%. A diferença de 20% seria reduzida da folha de pagamento.