A decisão da Executiva Nacional do MDB de prorrogar até maio de 2019 o mandato das Executivas Estaduais revela o receio dos atuais líderes de renovação no calendário previsto para este ano e demonstra que o comando não entendeu mais uma vez a lição das urnas.
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O MDB nacional continuará dirigido até setembro de 2019 por políticos derrotados nas urnas. Seu presidente é Michel Temer, licenciado porque no exercício da presidência da República. Há quem identifique na protelação das convenções nacional e estaduais a busca de uma blindagem a Temer, que perderá o foro privilegiado a partir de janeiro do próximo ano, data em que poderá reassumir a presidência do Diretório Nacional. Responde a vários inquéritos da Polícia Federal e denúncias do Ministério Público Federal estão “sub judice”, paradas, enquanto estiver no Palácio do Planalto.
O presidente interino, senador Romero Jucá, líder do Congresso Nacional de todos os governos, não se reelegeu depois de 24 anos de mandato e estará fora do Legislativo. O 2º vice-presidente é Eliseu Padilha, que continua ministro e por isso não disputou mandato.
O 2º secretário é o deputado Leonardo Piciani, ministro de Dilma e enrolado com o pai em escândalos no Rio de Janeiro. E o tesoureiro, o senador Valdir Raupp, que levou uma surra em Rondônia. Concorrendo ao Senado ficou em sétimo lugar. Sua mulher, a deputada Marinha Rapp, em 16o. na disputa à reeleição.
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A protelação incluir a Executiva Estadual de Santa Catarina, cujo presidente, Mauro Mariani, também foi derrotado e ficou fora do segundo turno na eleição ao governo.
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