O MDB catarinense antecipou-se aos debates sobre a polêmica do aumento de 17% do ICMS dos defensivos agrícolas e tomou uma decisão política na reunião semanal da bancada na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). O partido é contra qualquer proposta de elevação do tributo e vai defender a manutenção dos incentivos.

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Nota divulgada pela assessoria de imprensa dá mais detalhes da decisão e dos debates entre os deputados do MDB:

"O assunto foi levado à tribuna pelo deputado Volnei Weber durante o horário destinado ao partido na sessão desta terça-feira. Ele classificou como “agressão à agricultura” catarinense a taxação de insumos, especialmente se isso não vigorar em estados vizinhos. “Vamos perder para a concorrência, ficar sem competitividade”, ele reforçou.

Em aparte, o deputado Moacir Sopelsa reforçou a posição do colega e disse que nem mesmo a passividade do governo diante de uma tomada de posição pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) é aceitável. Disse que além de culturas como a do milho e soja, fundamentais para a agroindústria de processamento de carnes, também safras como as de cebola, banana, maçã e tomate terão grande impacto nos custos caso ocorra tributação dos defensivos. 

O líder Luiz Fernando Vampiro foi provocado sobre a posição externada em plenário pelos dois deputados também ser a da bancada do MDB, e prontamente concordou, porque o assunto dominou boa parte das conversas da reunião dos emedebistas no encontro semanal das terças-feiras. O deputado Valdir Cobalchini também foi para os microfones de apartes para elogiar a iniciativa de Weber e a posição de Sopelsa. “Os dois foram didáticos para explicar por que não podemos aceitar mais tributação”, disse Cobalchini.

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“O nosso produtor trabalha para garantir alimento na mesa de todos, não pode ter aumento de custos com impostos nos defensivos”, desabafou Volnei. Sopelsa disse que a bancada se esforça para demover o governador da possibilidade de permitir a taxação dos defensivos. Arriscou a projeção de um aumento de custo de produção da ordem de R$ 150 milhões somente para a cultura do milho plantado em Santa Catarina. “O governo vai ter que se posicionar”, cobrou o deputado. Da assessoria da mancada do MDB."