O empresário Luciano Hang concede entrevista coletiva nesta sexta-feira, às 10h, na sede do grupo Havan, em Brusque, para anunciar um novo fato que gera grande expectativa nos meios políticos.
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Especulações de que será candidato ao governo estadual em 2018 se espalharam rapidamente pelas redes sociais, com manifestações de aplausos pela novidade na vida pública estadual, mas também de reparos pelos riscos que tal projeto representaria ao empresário.
O dono da Havan deu dois sinais de que vai mesmo entrar na política. A primeira foi o cancelamento de sua filiação no PMDB de Brusque. Concretizada em 1986, quando Luciano Hang era presidente do Clube dos Estudantes Universitários de Brusque (Ceub) e para apoiar a candidatura de Luiz Henrique da Silveira nas prévias contra Pedro Ivo Campos, nunca chegou a catapultá-lo. A segunda, quando indagado em qual nova legenda iria se filiar. Desconversou, dizendo apenas que o prazo de inscrição partidária se encerra em abril, mostrando que conhece as regras da lei eleitoral.
Em outra análise, Luciano Hang poderia vir a anunciar apoio a algum dos candidatos à Presidência da República. Ousado no marketing empresarial, também se revelou corajoso ao veicular declaração de apoio ao general Mourão, que pediu o fim da bagunça que tomou conta do Brasil e mais “ordem e progresso”.
Uma terceira hipótese, uma candidatura parlamentar, ao Senado ou à Câmara dos Deputados, para ajudar na reconstrução nacional. Seria menos arriscada, porque ficaria sem a vitrine e os alvos da disputa majoritária.
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Desorganização
Para se ter a ideia da importância que o governo Temer dá à pesca basta constatar dois fatos: o setor já teve status de ministério, foi reduzido à secretaria do Ministério da Indústria e Comércio, passou para o Ministério da Agricultura e agora está vinculado ao gabinete da Presidência da República; a Secretaria Nacional da Pesca está instalada até agora na sede do Incra.
A reforma
Dentro de 20 dias, o comando do governo estadual começa a sofrer profundas mudanças. Os sete deputados que ocupam secretarias deixarão os cargos, retornando à Assembleia Legislativa para abertura dos trabalhos dia 1º de fevereiro. O vice-governador está determinado também a fazer alterações estratégicas. Para evitar ruídos, todos os comissionados deverão colocar os cargos à disposição para avaliação do governo.
Mudanças
O vice-governador Eduardo Pinho Moreira já tem mapeados vários nomes para o novo secretariado que vai atuar a partir de 16 de fevereiro, quando assumirá o governo no lugar de Raimundo Colombo. Além dos já anunciados na Saúde (Acélio Casagrande) e Fazenda (Paulo Eli), o nome do engenheiro Paulo França, de Blumenau, está definido para a Secretaria de Infraestrutura, sucedendo o deputado Luiz Fernando Vampiro, que retornará à Assembleia.
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