A prefeitura de Florianópolis está estudando a adoção de medidas para reduzir o impactante número de servidores públicos municipais em licença para tratamento de saúde. A média não cai de 30% no geral e chega a atingir 40% no magistério público.
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O secretário da Administração, Everson Mendes, montou com a equipe técnica uma série de medidas para identificar as causas deste número elevado de funcionários licenciados. Entre as principais ações se destacam: uma política de assistência efetiva à saúde dos servidores; identificação das causas dos pedidos de afastamento por saúde; acompanhamento pericial dos licenciados por uma junta médica independente; reestruturação da Perícia Médica da Prefeitura, hoje integrada por cinco profissionais de medicina.
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O levantamento feito pela Secretaria da Administração encontrou, por exemplo, uma servidora que está fora do trabalho há mais de 1.960 dias, tendo apresentado até agora 20 atestados.
O estudo questiona os benefícios concedidos aos servidores quando em licença médica. Eles continuam a receber auxílio alimentação e vale-transporte.
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A prefeitura da Capital tenta hoje com mais de 10 mil servidores, sem contar a Comcap, dos quais mais de 3 mil estão em licença médica. Os dois principais sintomas alegados são problemas relacionados à psiquiatria e à ortopedia.
O elevado índice de professores efetivos afastados por motivo de saúde cria outro problema: a necessidade de contratação de professores temporários, com prejuízo para a qualidade do ensino. Segundo a prefeitura, o município tem hoje mais de 1,8 mil professores ACTs.
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