O Judiciário e o mundo acadêmico de Santa Catarina respeitam luto durante esta semana, em reverência ao desembargador Lédio Rosa de Andrade, que faleceu terça-feira (30) de madrugada em Florianópolis. 

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Ele vinha se restabelecendo de uma bactéria que se alojou no coração há vários dias. Recebeu tratamento no Hospital SOS Cárdio e depois prosseguiu com assistência domiciliar. Estava otimista com a recuperação. A notícia de sua morte causou consternação entre familiares, amigos, correligionários e todos os que conheciam seu estilo combativo.

Lédio era um magistrado polêmico por suas convicções políticas e ideológicas. Com formação acadêmica em Barcelona e estudos dos clássicos a que se dedicou desde a infância, firmou posições que sensibilizaram lideranças e organizações ligadas às esquerdas, mas chegaram muitas vezes a arrepiar setores mais conservadores.

Era, sobretudo, um humanista, um magistrado comprometido com os ideais de solidariedade, igualdade e fraternidade. Os melhores exemplos estão em seus julgados, voltados muito mais para os aspectos essenciais da natureza humana, suas adversidades, do que a letra fria da lei.

Impossível deixar de enfatizar sua coragem na defesa das teses que abraçara e, principalmente, contra todo tipo de injustiça. Tornou-se um gigante nas denúncias contra os abusos e ilegalidades cometidas na prisão de seu amigo de infância, o falecido reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, arrancado de sua residência e proibido de frequentar a própria casa sem uma prova concreta do que o acusavam.

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Batalhou com outro guerreiro, seu legal amigo o ex-deputado Jailson Lima da Silva, em incontáveis esforços para corrigir a brutal injustiça. Com a morte do reitor, continuaram a pregação pela memória dele, mesmo na orfandade de uma longa amizade.

Muitos de seus admiradores não entenderam sua filiação ao PT num momento de desastre absoluto. Muito menos de sua candidatura. Mas até nestas decisões revelou sua coerência ideológica.

Voto aberto

Uma nova estratégia política para evitar a eleição de Renan Calheiros (MDB) como presidente do Senado está sendo montada pelos candidatos adversários e lideranças comprometidas com a ética e a nova política. A primeira medida seria o requerimento pelo voto aberto já no inicio da sessão desta sexta-feira. As outras são mantidas em sigilo. O senador Esperidião Amin (PP), um dos candidatos, está otimista com a união das forças que pedem renovação no Congresso Nacional.

Caixa Preta

Deputado Jessé Lopes, do PSL, toma posse sexta-feira com uma determinação: abrir a caixa preta dos milionários recursos empregados na recuperação da Ponte Hercílio Luz. Já tem várias assinaturas, inclusive, para requerer a instalação de uma CPI. A ponte nunca foi alvo de uma investigação séria e profunda sobre a destinação dos milhões de reais ali empregados nestes 37 anos.

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Italianos

A instalação de um consulado da Itália em Santa Catarina vai depender da embaixada italiana em Brasilia. Isto ficou decidido durante almoço do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) com o cônsul em Curitiba, Raffaele Festa. Informação da Secretaria de Articulação Internacional, ao esclarecer que não há documento sobre compromisso do ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) de ceder espaço para o consulado no Estado.

Queixas

Conselheiro da Câmara Itália-Brasil, Diego Mezzogiorno, tem batalhado pelo consulado em Santa Catarina. Faz críticas ao consulado de Curitiba, que não atende bem os descendentes italianos. Ele alega que mais de 60% da população catarinense descende de italianos. E que os processos de obtenção de documentos no Paraná são intermináveis, com prejuízo para as relações entre os dois países.

Empregos

Prefeito Camilo Martins (PSD), de Palhoça, está comemorando o último levantamento do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados(Caged). Seu município destacou-se como o quarto maior gerador de postos de trabalho na Grande Florianópolis, com saldo de 1.446. Ficou na frente de polos econômicos como Blumenau (1.027), Criciúma (1.080) e Brusque (1.381).