Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina concluiu, em votação unânime, a investigação aberta contra o desembargador Eduardo Gallo, a partir  denúncia de corrupção feita pelo advogado Felisberto Córdova.  Considerada grave, a denúncia foi gravada durante sessão da 1ª. Câmara de Direito Civil e veiculada amplamente na imprensa catarinense e veículos de comunicação em rede nacional.  
  
A informação foi confirmada pelo advogado Nilton Macedo Machado, que fez a defesa do magistrado, enfatizando que a decisão do Judiciário foi pela absolvição.

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Assinalou: “Após ampla investigação, não restou provada a existência do fato denunciado, falsamente, pelo advogado.”

O Tribunal decidiu, também, encaminhar cópia dos autos à OAB/SC, para sanções disciplinares, assim como à Procuradoria Geral do Estado, para propor ação de reparação por danos morais coletivos, e ao Ministério Público, para apurar a existência de crimes pelo advogado.

A acusação

O episódio ocorreu em agosto de 2017. O advogado Felisberto Córdova referiu-se diretamente ao desembargador Eduardo Gallo, relator do processo em que atuava:  "O julgamento que está acontecendo aqui é comprado. Eu estou fazendo uma denúncia. Esse cidadão foi abordado com uma proposta que veio do Rio de Janeiro, para receber R$ 500 mil, R$ 250 mil antes, R$ 250 mil depois, e o descarado [Gallo] chegou a mandar para o nosso escritório, que poderíamos cobrir isso por R$ 700 mil".

Prosseguiu:  "Isso aqui não é a Câmara dos Deputados, isso aqui é um Tribunal de Justiça, e é preciso que a moralidade surja e venha a termo".

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O desembargador Eduardo Gallo contestou: "Eu não vou admitir que um advogado me chame de vagabundo e Vossa Excelência não tome providências. Eu nunca passei por isso na minha vida, eu tenho 25 anos de magistratura. Eu requeiro a prisão do advogado", disse o desembargador ao presidente da Câmara após a saída de Córdova.