O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Julio Garcia, transmitiu nesta terça-feira (15) “indignação” com o indiciamento de seu nome no inquérito da Operação Alcatraz pela Polícia Federal.
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Contestou as acusações de que teria recebido propina ou influenciado licitação realizada na Secretaria da Administração, afirmando de forma categórica que não teve qualquer participação direta ou indireta naquele processo.
O parlamentar falou sobre “o espetáculo de 30 de maio”, quando a Polícia Federal realizou busca e apreensão em seu apartamento, sem que levasse qualquer prova, dinheiro ou documento que o comprometesse.
Naquela ocasião, Garcia foi acusado de ter recebido como vantagem em fraude de licitação um terreno no norte da Ilha, onde mantém um sítio. Disse na coletiva a imprensa que no depoimento prestado a Polícia Federal provou que o sítio foi adquirido em 1994 e que a licitação ocorreu em 2016. A denúncia foi excluída do indiciamento.
— Não há sequer uma única prova de irregularidade no inquérito – afirmou o presidente da Assembleia. Fiz campanha eleitoral totalmente investigado e nada foi encontrado contra mim.
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O deputado Júlio Garcia enfatizou que no inquérito não há qualquer prova de que seja sócio oculto da empresa que contratou com o governo.
Em outro ponto da entrevista disse: “Hoje estou indignado. É o sentimento de qualquer pessoa que passe por uma situação dessas. Só me resta a serenidade e a certeza de que a Justiça vai declarar minha inocência”.
Ele lembrou de outros inquéritos marcados por equívocos, como o caso do prefeito Gean Loureiro, preso sob acusação de ter uma sala secreta, que nunca existiu, e do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo que, injustiçado, tirou a própria vida.
Em outro ponto da coletiva, Julio Garcia enfatizou: “Tenho 35 anos de vida pública. Nunca tive um processo de licitação contestado, nem qualquer irregularidade contra minha atuação. Se o Ministério Público analisar o inquérito com isenção não haverá denúncia, porque provas inexistem”.
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O deputado disse ter recebido manifestações de solidariedade dos deputados estaduais que o elegeram presidente da Assembleia.