A liminar concedida pelo ministro Rogério Schietti Cruz ao deputado federal João Rodrigues (PSD), concedendo liberdade plena e o direito de concorrer à reeleição, provoca reações e várias interpretações.
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Entre as repercussões negativas há os que contestam a Justiça, com os críticos mantendo o parlamentar na cadeia, sem ao menos terem o cuidado de mínima isenção. E há os que, por motivos partidários e ideológicos, gostariam de ver o deputado condenado à prisão perpetua.
No lado oposto, há os que celebraram a decretação da liberdade, todos convencidos de que João Rodrigues foi vítima de uma brutal injustiça, a partir da condenação pelo Tribunal Federal de Porto Alegre. Foram manifestações de solidariedade que se multiplicaram desde a prisão em 8 de fevereiro de 2018, quando ele retornava de viagem aos Estados Unidos. Apoios liderados por 42 prefeitos e seguidos por centenas de vereadores e milhares de eleitores.
Este batalhão de seguidores louva-se no conhecimento da vida do parlamentar e pela absolvição de todos os demais denunciados no polêmico processo da compra de uma retroesvacadeira em Pinhalzinho. E, sobretudo, pelo voto do ministro Luiz Fux, do STF, proclamando que “não houve dolo e nem dano ao erário”.
A defesa de João Rodrigues, sustentada com excepcional empenho pelo advogado Marlon Bertol, enfatizou em todos os recursos que o único ato por ele praticado se restringiu à autorização da licitação. Não executou o edital, não homologou o resultado e nem efetuou pagamentos.
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A decisão do STJ liberou o deputado “por prescrição da pena”, 17 anos depois da denúncia. Ele tem reiterado que desejou sempre o exame de mérito, julgamento impossível nos tribunais superiores, em Brasília. O exagerado prazo é fruto dos recursos e do foro privilegiado.
No convívio com familiares e amigos, a partir de hoje, em Chapecó e Pinhalzinho, só lhe resta o julgamento das urnas.
Veja também: Em liberdade, deputado João Rodrigues retorna à Câmara Federal
A decisão do ministro que libertou João Rodrigues
Corrupção
Lançada em Chapecó a Campanha “Unidos contra a Corrupção”, iniciativa do Observatório Social com a participação de 900 pessoas, representando 373 instituições. Mais de 200 especialistas e redatores elaboraram o documento. Objetiva a conscientização dos cidadãos para o combate frontal contra a corrupção e a impunidade. A campanha tem o aval do grupo de procuradores da Lava-Jato de Curitiba.
Curtas
*Homenagens póstumas serão prestadas hoje em Azambuja, Brusque, ao padre João Cardoso, falecido ontem na Capital aos 93 anos. Deixou um excepcional legado de serviços a várias paróquias de Santa Catarina. A bela Igreja do Saco dos Limões foi uma das obras físicas.
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*Jerry Comper teve seu nome anunciado como candidato a deputado estadual pela sra. Maria Otto Schneider, esposa do presidente, Aldo Schneider, que desistiu e continua internado em Balneário Camboriú.
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