Como foi possível transformar uma pequena área, equivalente ao pequeno Estado do Sergipe, no nordeste brasileiro, à sétima potência econômica mundial e no quarto país a lançar nave especial à Lua. Entre as múltiplas respostas, algumas são consenciais: educação, trabalho, disciplina, valorização do mérito, determinação de um povo e muita pesquisa em inovação e tecnologia.
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Foi o que constatei em viagem realizada à Israel e Egito nesta primeira quinzena de março. Viagem à Terra Santa sonhada à décadas, mas sempre transferida pelo noticiário sobre os sangrentos conflitos entre árabes e israelenses. Oportunidades de participação em projetos de peregrinação foram sendo transferidos. Prevaleceu, por isso, um programa particular com um grupo de antigos e novos amigos da Grande Florianópolis, de caráter cultural, turístico, histórico e religioso, com muitas lições políticas sobre a conflagrada e complexa região.
Israel foi uma surpresa completa, por tudo o que sabia e pelas extraordinárias descobertas, testemunhos e constatações.
Afinal, quando Israel foi criado, há 71 anos na Assembleia Geral da ONU presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha, era um território árido, sem recursos naturais, pouca água e mais da metade de seu deserto terrestre.
O que testemunhamos nesta viagem e que milhares de outros brasileiros e estrangeiros constatam todos os dias: os israelenses acabaram transformando uma região pobre num área desenvolvida, próspera, um deserto estéril num oásis de tecnologia e inovação. Tem hoje o maior número de “startups” per capita em todo o mundo e o terceiro maior número de patentes, virando protagonista no mundo da inovação de alta tecnologia.
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Retornei quinta a noite da Cidade do Cairo, depois de uma rica experiência na Terra Santa, em Jerusalém, às principais cidades históricas de Israel no norte, no leste e no oeste, evitando apenas a conflagrada Faixa de Gaza. Foi uma cansativa maratona que incluiu também um mergulho no Egito Antigo, um cruzeiro de quatro dias pelo rio Nilo, com visitas aos magníficos tempos dos Faraós em Luxor e Assuã, e, naturalmente, as pirâmides construídas há mais de 4 mil anos no Cairo. Visitas guiadas com especialistas à dezenas de igrejas e basílicas, museus, belíssimas mesquitas e seculares sinagogas, nos dois países.
Impactos
Israel é uma sucessão de surpresas. O aeroporto internacional Ben Gurion, em Tel Avi, é moderno e funcional. Recebe voos diretos dos principais países do mundo. A presença de turistas europeus, russos e asiáticos é flagrante no desembarque.
O grupo viajou direto para Jerusalém, roteiro inicial da longa jornada, distante cerca de 50 km. Estradas muito bem sinalizadas, cortando montes e montanhas áridas, cobertas de areia e pedra calcária branca. Os indicativos em placas rodoviárias estão sempre em hebraico e inglês.
O aplicativo “Waze”, uma das centenas de inovações tecnológicas de Israel, indica com segurança qualquer trajeto que se queira fazer, de carro, ou a pé em todas as cidades.
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Nestas sete décadas, Israel mudou a face do deserto, transformando milhares de hectares de areia em terra fértil em grande produção agrícola, através da irrigação artificial e de muita tecnologia.
Segurança
Tel Aviv é uma cidade moderna, com belas praias, largas avenidas e amplos espaços para o lazer as margens do Mar Mediterrâneo. E, outra surpresa constatada ao final da viagem, depois de percorrer o interior: a população local e os turistas circulam de dia e de noite com toda segurança. O grupo catarinense sentiu-se mais seguro em Israel do que em muitas cidades brasileiras.
Na longa avenida repleta de hotéis de cinco estrelas de cadeias internacionais, praias com longas faixas de areia, com todo conforto para israelenses e turistas: barracas de madeira cobertas fincadas na areia, espaços com equipamentos de ginástica, imensa ciclovia, restaurantes junto ao mar dentro da praia e um imenso calcadão no antigo porto onde são encontrados dezenas de restaurantes, bares e cafeterias.
As visitas a Jerusalém, Belém, Nazaré, Mar Morto, Rio Jordão, Tiberíades e Galileia constituem uma sucessão excepcional de surpresas, incontidas emoções, descobertas e, sobretudo, um singular enriquecimento cultural.
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Nos veículos digitais da NSC Comunicação e no Facebook pretendo relatar, nos próximos dias, algumas passagens desta experiência que recomendo a todos os amigos, internautas e leitores, independente de fé religiosa ou posição partidária e ideológica.
Visitar Jerusalém é mergulhar na origem das três religiões monotelistas: do profeta Abrahão, patriarca do judaísmo, a Jesus Cristo, o filho de Deus que se fez homem para os cristãos, e do profeta Maomé, para os muçulmanos. Estes três grandes líderes mudaram a historia da humanidade. E continuam presentes até hoje nas orações e ações de seus seguidores, em Israel e no resto do mundo.