O secretário da Fazenda, Paulo Eli, estará nesta terça-feira (19), a partir das 16h, na Alesc para esclarecer dados sobre os decretos do ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), cancelando incentivos e elevando alíquotas do ICMS para mais de 80 mil produtos, incluidos até os da cesta básica.

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Os atos provocaram uma forte reação do setor produtivo, em suas diferentes modalidades. As críticas contundentes começaram pelo setor industrial, continuaram na área agrícola, passaram pelos serviços e se completaram até com entidades de defesa do consumidor, pelos reflexos negativos no custo de vida da população de baixa renda.

Elevar a carga tributária, com um discurso furado de que os incentivos fiscais são prejudiciais ao desenvolvimento do Estado, depois de um período de grave crise econômica e social, constitui um despropósito. Para não falar em total falta de sensibilidade, sobretudo, no início de um novo governo que prometeu mudanças, garantiu que atuaria em integral cooperação com o setor produtivo e assumiu compromissos de não aumentar impostos.

O líder do governo na Assembleia, coronel Mocellin, afirmou da tribuna que o governador Carlos Moisés da Silva não pediu a assinatura dos decretos ao antecessor. Neste caso, se o governador Pinho Moreira decidiu sem ouvir o sucessor, arranhou a biografia. Aumentou a carga tributária dos catarinenses e invadiu período de governo. A crise está criada e só resta uma saída para estancá-la: a aprovação de decreto legislativo pela Alesc, revogando os dois famigerados decretos. E, a partir daí, cancelar incentivos fiscais descabidos.

Chega de perda de tempo. Santa Catarina tem outras prioridades.

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