Hospitais filantrópicos, particulares e comunitários de Santa Catarina também estão sofrendo os efeitos da greve dos caminhoneiros.  De acordo com a Associação e Federações dos Hospitais do Estado, há unidades que já suspenderam cirurgias porque os medicamentos e insumos vitais não chegaram.

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Em nota intitulada “Alerta na Saúde”informam que os estoques dos remédios já estão o fim e são preservados para emergências.  E relata os casos mais graves.

Confira a nota: 

 “A Associação e Federações dos Hospitais de Santa Catarina (AHESC-FEHOESC-FEHOSC), que representam os hospitais privados e filantrópicos no estado,  lançam um alerta as autoridades para que sejam tomadas as devidas providencias para impedir o desabastecimento de insumos e medicamentos nos hospitais do Estado. O protesto dos caminhoneiros marcado pela paralisação e o fechamento de rodovias desde segunda-feira, 21 de maio, já reflete em unidades de Saúde do Vale do Itajaí, Planalto Norte, Meio Oeste, Planalto Serrano, Sul, Oeste e Meio-Oeste. 

Até o final da tarde desta quarta-feira, esta é a realidade encontrada em algumas unidades pelo estado:

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Em Videira, o Hospital Divino salvador cancelou as cirurgias eletivas como medida protetiva devido à falta de entregas de medicamento ao hospital. Por enquanto não está faltando nenhum medicamento, mas o estoque está sendo reservado para casos de urgência e emergência. O Hospital é referência em ortopedia e atende parte do meio oeste. 

Em caçador, o Hospital Maicé também cancelou as cirurgias eletivas para garantir o estoque mínimo de materiais cirúrgicos para procedimentos urgentes. 

Em Turvo, o Hospital São Sebastião está com dificuldade em receber materiais, insumos e medicamentos.

No Alto Vale, o Hospital Regional está com dificuldade de reabastecer, e trabalha com os produtos que se encontram no estoque.

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Em Lages, o Hospital Infantil Seara do Bem foi alertado dos atrasos de fornecedores, utilizando os produtos em estoque. 

Em Xanxerê, a administração do Hospital Regional São Paulo está tratando com a Defesa Civil, sobre uma forma de evitar a falta de abastecimento. O combustível utilizado para o gerador está sendo armazenado. 

Em Mafra, o Hospital São Vicente de Paulo informou que a Coordenação do movimento dos caminhoneiros tem orientado os motoristas a liberar os caminhões que transportam carga viva, insumos e medicamentos. Inclusive, o Posto que fornece diesel para o hospital solicitou a emissão de uma declaração para liberação dos caminhões que estão transportando combustível. O caso está sendo acompanhando.

O hospital de Pinhalzinho está com pedidos de medicamentos atrasados.  A administração está acompanhando a situação. Uma reunião com médicos será realizada nesta quarta-feira (23) para discutirem possibilidade de suspensão de cirurgias. Essa media vai depender da continuidade da greve. 

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A Fundação Hospitalar Rio Negrinho foi alertada de atrasos na realização de entregas devido à paralização. 

 

TÉRCIO KASTEN-Presidente Federação dos Hospitais de SC

ALTAMIRO BITTENCOURT-Presidente da Associação de Hospitais de SC

HILÁRIO DALMANN-Presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de SC.”

 

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