Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que votaram a favor do habeas corpus ao ex-presidente Lula valeram-se de argumentos frágeis, incoerentes e alguns até ridículos. Dias Toffoli, por exemplo, o advogado petista premiado com nomeação de Lula, enrolou-se ao tentar justificar seu voto favorável ao antigo correligionário. Voto longo, confuso, desconexo e até distante do tema central dos autos.
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Lewandowski, outro petista de carteirinha já conhecido nos votos pró-impunidade no julgamento do mensalão e na votação do impeachment, usou argumentos fúteis, também inconsistente. Chegou a afirmar que a negativa do habeas corpus iria reduzir as liberdades individuais no Brasil. Defendeu a presunção de inocência para bandidos e corruptos que foram condenados com provas em duas instâncias, com alegação burlesca.
Quem salvou a imagem do Supremo, a credibilidade do Judiciário Federal e das instituições nacionais foram duas ministras. Rosa Weber, que deu o voto decisivo e aguardado com grande expectativa. Tornou-se a heroína da noite pela coerência de toda sua apreciação. E Cármen Lúcia, pela estratégia adotada e pelo voto de minerva, assegurando maioria pelo combate à corrupção e criminalidade, com tiro mortal na impunidade.
Brilhantes, na forma e no conteúdo, foram as intervenções dos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, todos com análises didáticas, dados reais e diagnósticos precisos sobre a situação de um Judiciário emperrado e ausência de Justiça para os pobres, com proteção aos corruptos ricos.
O Brasil respira hoje mais aliviado. Que ministros não venham agora adotar manobras para proteger corruptos e criminosos condenados.
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