A greve dos caminhoneiros mudou de rumo, numa guinada de 180 ºC, a partir de segunda-feira, depois que foram atendidas todas suas reivindicações. Os bloqueios ilegais das rodovias, contudo, prosseguiu ainda maior e mais oxigenados pela presença ostensiva de infiltrados. Aí estavam incluídos empresários do setor de transporte de carga buscando mais benefícios fiscais, os conhecidos esquerdistas que apostam no “quanto pior melhor”, os sindicalistas oportunistas pedindo a derrubada do presidente Temer, os aproveitadores de direita levantando a bandeira da intervenção militar e outros segmentos sem compromisso com a nação e muito menos com a cidadania.
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Governantes nos três níveis de poder _ federal, estadual e municipal _ sabiam desta interferência espúria. E praticamente nada aconteceu até quarta-feria. A partir daí, entidades empresariais que apoiavam o movimento, incluindo patrocinando passeatas e carreatas, desistiram do respaldo. Ministério Público entrou com ações. Associações empresariais enviaram apelos veementes ao governador do Estado, apelando por medidas enérgicas de desbloqueio etc.
Iniciativas que, a rigor, chegaram com muito atraso. Afinal, a população catarinense eo povo brasileiro já tinham sido feridos em seus direitos mínimos de ir e vir. Toda a cadeia produtiva foi bloqueada em ostensiva agressão à ordem constitucional. Os setores essenciais da vida humana tiveram afrontados direitos elementares previstos na ordem jurídica brasileira.
Agora, muitos assumem a paternidade das medidas saneadoras. A rigor, apenas a Justiça e as forças militares deram um basta à desordem.
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Patrulhamento
Tropas de várias unidades da 14a. Brigada de Infantaria Motorizada continuam monitorando todas as rodovias federais em Santa Catarina. Integradas às ações de segurança, garantem o desbloqueio das estradas para restabelecimento da normalidade e o império da lei e da ordem
Baderna
Governador Eduardo Pinho Moreira garantiu no feriado que os órgãos de inteligência e segurança comprovaram a liderança de baderneiros e anarquistas, que não eram caminhoneiros, entre os manifestantes de Imbituba e Biguaçu. Entre os mais ativos, 13 foram presos e serão processados criminalmente. Destacou que o movimento se desvirtuou com infiltrados radicais, a partir de domingo passado, em Santa Catarina.
Sanidade
O secretário da Agricultura, Airton Spies, assegurou que a sanidade animal está mantida em Santa Catarina, apesar de toda a gravíssima crise provocada pela greve dos caminhoneiros. O Estado tem hoje um plantel com 206 milhões de aves, 7 milhões de suínos e 4,6 cabeças de bovinos. O maior prejuízo do setor agrícola _ o mais atingido _ foi entre produtores de leite. Perdas diárias de 6,5 milhões de litros por dia, com danos a 46 mil famílias.
Desmoralização
Estes petroleiros mereciam cadeia. Fizeram uma paralisação oportunista, ilegal e partidária. Apostaram na anarquia. Afrontaram decisões do Supremo Tribunal Federal. Tudo isso depois de silenciarem de forma criminosa nos anos da maior roubalheira da história da Petrobras e do Brasil. Ganham os melhores salários do país e atuam contra o povo.
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O Antagonista os denunciou como “milícias do PT”.
Monitoramento
Policia Militar voltou a ter destaque em defesa da ordem e da lei em Santa Catarina. Executou decisões do Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres e realizou 700 escoltas de carretas de combustíveis, veículos de carga, caminhões com ração e insumos em todo o Estado. O comandante, coronel Araújo Gomes, reiterou que o monitoramento continuará em todo o Estado.