Em menos de dois dias o governador Carlos Moisés da Silva teve quatro derrotas políticas. A primeira aconteceu no jantar na Casa D'Agronômica para reunir sua base no Legislativo. O MDB confirmou a presença da bancada, mas apenas os deputados Valdir Cobalchini e Moacir Sopelsa compareceram.
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O convite oficial contemplava cerca de 25 deputados estaduais de vários partidos. Compareceram apenas 10 parlamentares. O MDB boicotou em protesto pela não liberação de recursos de emendas e convênios com as prefeituras e pelos atos de cooptação de prefeitos e lideranças para o PSL. A bancada do MDB também não assimilou a escolha da deputada Ana Paula, a Paulinha, do PDT, para ser a nova líder do governo.
A segunda derrota veio com a decisão do plenário da Assembleia Legislativa (Alesc) de convocar o secretário da Administração, Jorge Tasca. Com um detalhe: o requerimento foi aprovado por unanimidade, inclusive pelos deputados mais identificados com o governador.
A terceira registrou-se na esfera judicial. O Tribunal de Justiça decidiu pela abertura da famosa caixa preta dos incentivos fiscais.
E a quarta derrota política é a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de acolher requerimento do deputado Laércio Schuster (PSB), de instalação de uma auditoria extraordinária na Secretaria Estadual da Saúde sobre os recursos do Fundo Estadual de Saúde. Segundo a Associação dos Hospitais de Santa Catarina, cerca de 100 hospitais filantrópicos não receberam as parcelas previstas na legislação, oriundas do Fundo.
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