O comandante Carlos Moisés da Silva vai assumir o governo de Santa Catarina dentro de sete dias, sem que neste momento nem o primeiro escalão esteja definido. Dirigentes de empresas e fundação também não foram indicados. Prioridades do novo governo, a partir da próxima semana, são desconhecidas. Fato inédito na história politica catarinense.
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Este cenário insólito é, de alguma forma, consequência da virada surpreendente registrada nas eleições. Nem o governador eleito tinha expectativa de vitória. Pesquisas, analistas, dirigentes partidários e experientes parlamentares e líderes políticos apostavam suas fichas na ida para o segundo turno de Gelson Merisio (PSD) e Mauro Mariani (MDB).
Quando Moisés acordou de uma filiação no PSL em cima do prazo e do registro da candidatura aos 45 minutos do segundo tempo estava dentro da disputa. E, na medida em que a campanha se desenrolou, sentiu-se oxigenado pelo 17 e pela onda Bolsonaro. Virou governador do dia para a noite.
Eleito, foi blindado pela assessoria ou isolou-se da imprensa, sem falar à sociedade que o elegeu. Até entre colaboradores e amigos a única explicação dada para este encouraçado é justamente a surpreendente vitória. Moisés da Silva estaria procurando ganhar tempo para se inteirar dos números, conhecer melhor o governo e ter um diagnóstico mais preciso sobre a situação do Estado.
Na formação parcial do secretariado, a presença majoritária de coronéis e a total ausência de políticos experientes. Um critério que poderá ter resultados surpreendentes, mas também efeitos preocupantes.
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Eleito com 71% dos votos, tem respeitável prazo de carência. Mas a contagem regressiva da cobrança começa na próxima semana.
STF desmoralizado
De matéria de capa da revista IstoÉ, espinafrando o ministro Marco Aurélio Melo, pela estapafúrdia liminar liberando 168 mil presos condenados em duas instâncias: “Adotando ativismo judicial e cada vez menos preocupado em exercer suas funções elementares, como a de guardião da Constituição e da estabilidade do país, o Supremo encontra-se ainda mais desmoralizado perante a sociedade brasileira”.
Comenda
O falecido reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, professor Cao Cancellier será imortalizado em homenagem da Câmara Municipal de Tubarão, sua terra natal. A partir do próximo ano será conferida a Comenda da Ordem do Mérito “Professor Luiz Carlos Cancellier de Olivo”. Proposta do vereador Douglas Antunes, aprovada por unanimidade, será outorgada aos principais educadores da cidade.
Enxugamento?
O deputado Moacir Sopelsa(MDB), com a autoridade de quem já foi secretário da Agricultura duas vezes, conhece o meio rural e toda a estrutura do setor na área governamental, questiona este repetitivo discurso de “enxugar a máquina”. Diz que na Secretaria da Agricultura há 366 servidores aposentados e apenas 35 na ativa. O sistema é mantido pelos técnicos e funcionários da Epagri e Cidasc. Ali, é preciso ampliar a estrutura para garantir a qualidade do setor agrícola.
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