Com a pré-candidatura oxigenada no encontro de lideranças políticas em Campo Alegre, no Planalto Norte, neste fim de semana, o presidente do PSD, Gelson Merisio, avança no projeto de candidatura ao governo do Estado e reafirma posição contra o PMDB nas eleições de 2018.

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O que muda no PSD com a decisão do governador Raimundo Colombo de iniciar a transição em janeiro de 2018?

O que eu ouvi do governador é que em fevereiro iniciaria uma transição para quem vai passar o governo em abril. A informação que temos do governador é que ele só deixará o governo em abril, no prazo final para disputar eleição ao Senado.

Então, o vice-governador não assume em fevereiro?

De forma alguma. A informação que tenho do governador é que ficará até abril. Não existem dois governadores. Existe apenas um, eleito e empossado, que vai exercer o mandato em sua plenitude enquanto lá estiver. A transição em fevereiro parece normal e civilizada.

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Com a posse de Eduardo Moreira, os comissionados do PSD estarão ameaçados?

Não vai ser necessário porque o PSD vai desembarcar do governo junto com Raimundo Colombo. Até em respeito à postulação legítima do PMDB de ter seu candidato. Como fizemos em 2010, quando deixamos o governo em abril para que o então governador Pavan construísse seu projeto. Não seria legítimo participarmos de um governo em período eleitoral, sendo adversários até outubro.

O PMDB será, então, o maior adversário do PSD?

Será o grande adversário, não porque tenhamos qualquer diferença pessoal. Entendemos que o tempo de nossa aliança já se exauriu. Precisamos oxigenar o processo. Temos muitas divergências. Eu, por exemplo, sou contra a permanência das secretarias regionais. O PMDB tem isso como uma bandeira. É incompatível os dois discursos no mesmo palanque. Vamos construir uma nova aliança tendo o PP e o PSDB como aliados.

Como estão as conversações com o PSDB?

Estamos sempre com as portas abertas para construirmos pontes. Respeitamos a candidatura vigorosa do senador Paulo Bauer, mas temos pontes em construção. Queremos estar juntos em 2018.

O governador trabalha por uma aliança do PSD com o PMDB.

Eu não vejo dessa forma. Ele admite a possibilidade. Com absoluta segurança ele vai se submeter à vontade majoritária do partido. Nas eleições municipais, o PSD disputou as eleições em 172 municípios. Em 165 o PMDB era o adversário. O compreenderá esta posição das bases e estará conosco em uma nova aliança.

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O que o senhor priorizará se for candidato ao governo?

Prioridade absoluta à segurança pública, mostrando como vai ser feita e de onde virão os recursos. O Estado esta em momento muito crítico. O nosso momento é de decisão. Ou a sociedade como um todo toma consciência de que devemos enfrentar a violência ou perderemos o controle, como ocorreu no Rio de Janeiro e está para acontecer no Rio Grande do Sul. Temos a condição de reverter a situação.

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