O presidente estadual do PSL, Lucas Esmeraldino, fez, neste domingo (14), a primeira manifestação sobre o requerimento de três dos quatro deputados federais do partido, feito ao Diretório Nacional, pedindo a destituição da Executiva Estadual. Disse que “o momento é de transição, união e jamais de divisão”.
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Ele anunciou a decisão de abrir mão do fundo partidário para que estes recursos sejam aplicados em saúde, segurança, educação e infraestrutura.
No inicio da noite, foi confirmada a informação de que Lucas Esmeraldino tinha convocado para esta segunda-feira, às 20h, a posse da nova Executiva Estadual do PSL, contestada pela maioria da bancada federal.
Os três deputados federais, de outro lado, fizeram contatos com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, e o vice-presidente Antônio de Rueda, que ficaram de visitar Santa Catarina esta semana para buscar uma solução negociada e constituição de uma nova Executiva.
Com a decisão de Esmeraldino de empossar os novos dirigentes a crise poderá se aprofundar no PSL catarinense.
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A nota divulgada pela assessorial de Lucas Esmeraldino tem o seguinte teor:
"Este é um momento de transição, união e jamais de divisão. Seguiremos com serenidade e responsabilidade, construindo um PSL/SC forte. Nossa primeira proposição neste novo ciclo é que o PSL catarinense NÃO utilize o fundo partidário, como todos nós sempre defendemos, possibilitando que esses valores (públicos) sejam aplicados na saúde, segurança, educação e na infraestrutura, para a população."
Os três deputados federais do PSL, por sua vez, divulgaram nota intitulada “PSL SC terá nova Executiva em Janeiro”, em que tratam da formação de uma nova direção estadual e condenam as decisões do presidente Lucas Esmeraldino.
Veja a nota:
"Após a vitoriosa trajetória dos candidatos do PSL nas eleições de 2018 – fruto do trabalho das bases e das lideranças de direita-, o presidente estadual do partido, Lucas Esmeraldino, firmou compromisso para debater em 2019 a formação da nova Executiva Estadual do PSL.
Ocorre que em dezembro de 2018, quebrando a palavra de forma personalista e sigilosa, Lucas ESCOLHEU TODOS os membros da executiva estadual ligados de alguma forma a seus interesses particulares. De maneira nada republicana, Lucas enviou a Brasília o documento com a suposta executiva visando um único interesse: ter o controle absoluto do partido em Santa Catarina."
Depois de ouvir as bases, unicamente em defesa da ética e daqueles que não têm voz, decidimos agir. É por não admitir que projetos particulares de poder se perpetuem que decidimos nos opor frontalmente a este ensaio de ditadura e controle absoluto dentro do partido.
Como deputados federais, protocolamos um documento na sede do PSL Nacional. Para o bem do PSL/SC, do espírito republicano e da moralidade que deve sempre nortear a condução do partido, o pedido foi aceito.
Uma nova executiva provisória será composta. Em conversa pessoal em Brasília com o vice-presidente Rueda – e por via telefônica com o presidente do PSL nacional, Luciano Bivar – ficou acordado que nos próximos dias ele virá a SC para dialogar e montar uma nova executiva provisória, com a participação de todos, inclusive do atual presidente, haverá finalmente o debate, de forma democrática e transparente.
Com essa notícia, comunicamos que o objetivo de atender as bases e tornar o PSL democrático novamente foi cumprido. Por último e não menos importante: a AÇÃO proposta por nós sempre teve caráter PROVISÓRIO e não definitivo. A partir de agora, com o compromisso do PSL Nacional, trabalharemos pelo consenso. – Caroline De Toni, Coronel Armando e Daniel Freitas.