O feriadão do Carnaval termina nesta terça-feira (25) aqui na Capital e no resto do Estado, mas as atividades produtivas só serão retomadas plenamente no serviço público e em várias atividades privadas na quarta-feira (26) de cinzas depois do meio dia.

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A programação em Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo teve como destaque mais uma vez o desfile das escolas de samba. Na capital catarinense, o título ficou com a Unidos da Coloninha, tradicional organização que representa importante comunidade e que este ano resgatou a história e os valores da área continental da Capital.

Na avaliação sobre as apresentações na passarela Nego Quirido, a principal crítica continua sendo o horário, considerado tarde demais. Pelo que se viu nas arquibancadas, algumas esvaziadas, o início pelas dez horas da noite transfere as últimas escolas para a madrugada de domingo. Fato que desmotiva milhares de famílias.

No Rio de Janeiro, repetiu-se o sucesso de anos anteriores. Como ocorreu em Florianópolis, os enredos falam de personagens com trabalhos comunitários ou que se destacaram ao longo dos anos.

Fatos históricos, muitos deles pouco conhecidos nos detalhes dos carros alegóricos e das alas, são resgatados com precisão e qualidade. O carnaval carioca, neste contexto, continua sendo um show de criatividade, de participação popular, de imaginação e de reflexão sobre episódios, personagens e temas que surpreendem e valorizam a história.

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No segundo dia de desfile, o sambódromo recuperou, por exemplo, a figura do ator e compositor Benjamim de Oliveira, o primeiro palhaço negro no Brasil, que se vivo fosse, estaria completando 150 anos em 2020. Fato muito pouco conhecido da população negra do Rio e do Brasil. O circo fez sucesso na avenida no samba enredo da Salgueiro.

A Unidos da Tijuca falou da evolução da arquitetura, exibindo monumentos que marcaram várias civilizações e fazendo uma procedente crítica sobre as cidades brasileiras, travadas em engarrafamentos e distantes dos sonhos de seus habitantes.

Os 60 anos de Brasilia foram comemorados no desfile da Vila Isabel, com resgates de grande significado histórico. O desfile de uma escola constitui, definitivamente, um show único em todo o mundo. 

São cerca de 3.500 a 4000 participantes para uma exibição que nunca tem ensaio, que mostra uma organização singular e que apresenta luxo nas fantasias, coloridas alas, caprichados carros alegóricos e a conhecida empolgação das baterias.

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Não há comparativo com os musicais da Broadway ou apresentações de qualquer outra cidade da Europa. O desfile das escolas de samba continua sendo, sem dúvida alguma, o maior espetáculo da terra.