Com a decisão do PSD e do PP de selarem coligação e do MDB aliar-se ao PSDB, a disputa ao governo catarinense nas eleições de outubro fica, a rigor, polarizada em três candidaturas. São elas Mauro Mariani, pelo MDB, Gelson Merísio, pelo PSD, e Décio Lima, pelo PT, este em chapa pura.
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No último dia para registro de candidaturas e alianças na Justiça Eleitoral, dois nomes deixaram de concorrer: Esperidião Amin, pelo PP, e Paulo Bauer, pelo PSDB.
As duas novas coligações foram oficialmente anunciadas quase no mesmo horário, ou seja, por volta das 15 horas. A dos progressistas com pessedistas na sede do Diretório Estadual do PSD na rua Menino Deus, e a do MDB com o PSDB no apartamento do senador Paulo Bauer, situado na avenida Trompowski.
Mauro Mariani (MDB) concorrerá ao governo com Napoleão Bernardes (PSDB) de vice e tendo Paulo Bauer (PSDB) e Jorginho Mello (PR) ao Senado. Gelson Merísio disputará o governo com João Paulo Kleinübing(DEM) na vice-governança, mais Esperidião Amin (PP) e Raimundo Colombo (PSD) ao Senado. Décio Lima disputará com chapa pura tendo Alcimar de Oliveira (Kiko) ao governo, Lédio Rosa de Andrade e Ideli Salvati ao Senado.
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Nos bastidores circulou a informação que Amin abriu mão do governo depois de inteirado de que MDB e PSDB já tinham selado a aliança, com a desistência de Paulo Bauer. Ficou faltando apenas o aceite do convite pelo deputado João Paulo Kleinubing, para ser vice de Gelson Merísio, hipótese que ele descartou em várias ocasiões, mas que aceitou neste domingo. Tinha o aval de Esperidião Amin. Já Mariani terá Napoleão como vice.
Os três nomes mais fortes, com tendência clara de polarização entre Mauro Mariani e Gelson Merisio, pelas estruturas de suas coligações, distanciam no comparativo com o PT isolado e os pequenos partidos.
Em termos de comando das prefeituras dos 295 municípios, a coligação do MDB leva vantagem pelo total dos habitantes. Unidas as populações dos municípios dirigidos por MDB, PSDB, PR e PPS há um total de 3.891.495 habitantes, contra 2.783.484 pessoas nas cidades comandadas por prefeitos do PSD, PP, PSB, DEM e PDT.
Esse poder da infantaria tem sido relevante nas disputas em Santa Catarina. Como esta campanha será diferente pela força das redes sociais, pelo tempo reduzido e pelos espaços no rádio e na TV, a disputa tende a se tornar ainda mais acirrada.
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Outros cinco candidatos vão concorrer ao governo catarinense. São eles: Rogério Portanova (pela Rede Sustentabilidade) e Miriam Prochnow e Diego Mesogiorno ao senado; Leonel Camasão pelo PSOL, com a vice de Carol Bellaguarda, além de Antonio Campos e Pedro Cabral ao Senado; Ingrid Assis (pelo PSTU); e o comandante Carlos Moisés da Silva, tendo a advogada Daniela Reinehr de vice pelo PSL, partido de Jair Bolsonaro, e Lucas Esmeraldino ao Senado. Ângelo Castro será p candidato pelo PCO tendo Flávio Ferreira Amaral como vice e para o Senado, Andréa Carvalho.
As candidaturas só serão oficialmente conhecidas hoje, depois que os requerimentos de registros forem protocolados na
Justiça Eleitoral.
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A origem
A chapa da coligação PSD-PP acabou sendo a cogitada no início das negocições entre progressistas e pessedistas. Era essa a expectativa dos deputados e o cenário previsto no acordo firmado em agosto de 2017 entre os dois partidos. As quatro reviravoltas dos últimos dias chegaram a um resultado com o projeto original na madrugada de ontem.
Em seu apartamento na Beira-Mar Norte, Gelson Merisio reuniu-se com Esperidião Amin e Raimundo Colombo. Ali os líderes dos dois partidos já sabiam que o MDB estava fechando com o PSDB. Amin deu sinal verde de que disputaria o Senado. Bateu o martelo no domingo as 15 horas.
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Perseverança
Presença constante no gabinete do deputado Gelson Merisio, o presidente do PDT-SC, Manoel Dias, celebrou a ampla coligação de 15 partidos. Cumprimentou Merisio pela perseverança. Há dois anos que o presidente do PSD enfrenta obstáculos e vem superando todos eles. Maneca foi um dos principais âncoras no respaldo da ampla aliança de Merisio, mesmo depois da candidatura de Amin ao governo estadual.
Bolsonaro em SC
O Partido Social Liberal decidiu lançar o comandante Carlos Moisés da Silva, Bombeiro Militar da reserva, como candidato ao governo do Estado, tendo como vice a advogada Daniela Reinehr (foto). Para o Senado, o jovem Lucas Esmeraldino, de Criciúma, que vem instalando dezenas de unidades do PSL em Santa Catarina, com o objetivo de fortalecer ainda mais a candidatura de Jair Bolsonaro, que lidera com folga a corrida presidencial no Estado.