Todas as atenções da cidadania estarão voltadas hoje para o STF, que julgará o habeas corpus requerido pela defesa de Lula. Pela desmoralização que sofreu na última decisão, concedendo um salvo-conduto inédito ao ex-presidente, as previsões são pessimistas. Alguns ministros da suprema corte mostram-se desconectados da lei e da realidade ou, sequestrados pelas ameaças públicas feitas por Lula, temem revelações que possam queimar suas biografias.

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Impossível admitir que o STF venha mudar a jurisprudência diante do que tem manifestado de forma contundente setores majoritários da sociedade. Cogitar o contrário será abrir as cadeias para notórios corruptos, correligionários, aliados ou adversários do ex-presidente. A Lava-Jato estará sepultada. 

Como reagirão juízes, procuradores, policiais federais, auditores federais e um batalhão de brasileiros honrados e honestos que se sacrificaram nestes últimos quatro anos para detonar o maior escândalo de corrupção do Brasil? Que incentivos terão os mestres do Direito para transmitir ensinamentos sobre Justiça, Liberdade e Democracia? Que poderes, afinal, tem um político demagogo e manipulador para dobrar julgamentos do Supremo Tribunal Federal?

Muito mais grave: desde que começou a ser investigado, o sr. Lula desafiou a Polícia Federal e a Justiça Federal. Afrontou em público as decisões soberanas do judiciário. Declarou para uma nação estarrecida que o Supremo era constituído de ministros acovardados. E, após a condenação em Porto Alegre afirmou que se for preso vai levar consigo os ministros do Supremo.                         

Mudando o que já decidiu, o STF estará incentivando a corrupção, alimentando a impunidade e criando entre os brasileiros mais desesperanças e completa descrença na Justiça e na Democracia.

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