*Por Renato Ígor, interino
O descaso do Estado com os Bombeiros Voluntários de Santa Catarina é vergonhoso. A informação, do repórter Luan Martendal, de que o presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários de Santa Catarina, Moacir Thomazi, ligou 40 vezes (e não foi atendido) para representantes do Executivo para cobrar explicações sobre o atraso no repasse dos recursos previstos em convênio é um desrespeito com o cidadão que depende deste serviço essencial.
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Não se trata de dinheiro para uma festa ou para alugar um imóvel de luxo pela Fazenda estadual, conforme esta coluna mostrou ontem, mas, sim, de dinheiro para garantir a continuidade deste trabalho de excelência de uma instituição centenária. O atendimento, ainda, não foi prejudicado. Ele segue devido às doações da comunidade, convênios com prefeituras e os R$ 300 mil que o governo estadual já repassou, de um total de R$ 3,5 milhões prometidos e não pagos em 2017.
O que vão esperar acontecer? Um caminhão quebrado impedir o atendimento numa ocorrência de incêndio? Uma morte porque o resgate não chegou por falta de combustível, como já aconteceu com o Samu/SPDM?
Mas a cobrança pelo cumprimento do convênio mostra mais do que um contrato não respeitado. Mostra que, apesar de estarmos ainda no mandato Raimundo Colombo/Eduardo Pinho Moreira, há um choque de informações, e o fogo amigo é utilizado para justificar o porquê do não repasse.
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A explicação dada em reuniões fechadas pela equipe atual de governo é de que os recursos do fundo social estão zerados. Até a possibilidade de cancelar convênios assinados por Colombo foi aventada. A equipe econômica de Raimundo Colombo, à época, nega a informação de que não há recursos no fundo social. Fontes da Fazenda dizem que não se gastou nada em 2018 do orçamento dos fundos e há recurso em caixa.
Certa vez, um deputado me disse que o maior adversário dele não está na oposição ou em outro partido. Está na mesma sigla, ou até, no mesmo governo. Hoje, ele está fora da política.