O deputado estadual Sargento Lima, do PSL, decidiu deixar a base do governo Moisés da Silva na Assembleia Legislativa. O estopim foi o tratamento desrespeitoso do Executivo dado ao parlamentar sobre o pleito de reposição salarial para os policiais militares e bombeiros, que estão sem reajuste há cinco anos.A situação se agravou por desconsiderações do Centro Administrativo com o deputado Sargento Lima, um dos mais fieis parlamentares no legislativo.
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Na sexta-feira passada, na Casa da Agronômica, Lima foi recebido pelo governador Carlos Moisés, que deu sinal verde para a negociação. Na ocasião, anunciou que haveria uma reunião, nesta quinta-feira (17), entre Lima, a direção da Aprasc, (Associação dos Praças da PM) e os secretários da Fazenda, Paulo Eli, da Casa Civil, Douglas Borba, e da Administração, Luiz Dacol.
Desde segunda-feira (14)e até a manhã desta quinta-feira, o gabinete do deputado Sargento Lima fez contato com as secretarias para acertar o horário do encontro anunciado pelo governador Moisés da Silva. Em resposta, ouviu que estavam sabendo do assunto pela imprensa, e a reunião para discutir a reposição salarial foi ignorada.
Nota divulgada pela assessoria do deputado informa: “Nesta quinta-feira à tarde, Sargento Lima foi ao Centro Administrativo e não encontrou nenhum dos secretários indicados pelo governador para recebê-lo. Irritado, Lima disse que o desprezo com a categoria dos policiais o levam a deixar a base governista: “Um homem para ser homem não precisa nada além de sua palavra”, enfatizou o deputado.”
Há poucos minutos, o deputado Sargento Lima confirmou a falta de respeito as autoridades estaduais, informando que estava articulando o encontro em nome de 17 mil militares associados da Aprasc e outros 5 mil não sócios, num total de 22 mil pessoas, que estão aguardando uma resposta de suas articulações e do governo.
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Concluiu: “Trabalho com princípios republicanos. Procuro cumprir todos os compromissos. Neste caso,não houve reciprocidade”.