A denúncia da Procuradoria da República contra o reitor Ubaldo Balthazar e seu chefe de gabinete Áureo de Moraes ganhou repercussão nacional.  A principal delas foi veiculada pela Rede Globo durante o Jornal Nacional, logo após a entrevista ao vivo com o presidenciável Ciro Gomes, do PDT.

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Reportagem do repórter Ricardo Von Dorff trouxe a manifestação oficial de solidariede da OAB de Santa Catarina, da visita que os conselheiros e diretores da Seccional realizaram ao reitor a seu chefe de gabinete, com retrospectiva sobre os protestos contra abusos de autoridades, ocorridos no hall da reitoria da UFSC, em dezembro de 2017, por ocasião de solenidade.  Estas manifestações críticas com faixas e cartazes é que foram apontadas pela delegada Érika Marena, da Policia Federal, a pedir abertura de inquérito, sob a alegação de que estava sendo vitima de injúria.

Este é mais um capítulo da trágica novela iniciada com a Operação Ouvidos Moucos, desencadeada pela Polícia Federal de Santa Catarina para investigar suposto desvio de recursos do programa de ensino a distância. O reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo foi preso com outros professores, com a acusação na época de que teriam desviado cerca de 80 milhões de reais. Proibido de entrar na Universidade o reitor Cancellier cometeu suicídio dias depois.

Além da matéria veiculada no Jornal Nacional, a denúncia do Ministério Público Federal contra o reitor Ubaldo Balthazar e o professor Áureo Moraes, também ganhou destaque na edição de hoje do jornal Folha de São Paulo. 

O matutino paulista publica uma entrevista de página inteira com o professor Acioli Antônio de Olivo, irmão do reitor Cancellier, hoje pesquisador aposentado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

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Ele revela que a tragédia registrada na UFSC e a nova denúncia foram levados ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e ao ministro Gilmar Mendes, do STF. 

Acioli Olivo vive em São José dos Campos, SP, e encontrava-se em Florianópolis nos dias anteriores à trágica morte do irmão.  Ele revela várias vezes que o reitor Luiz Carlos Concellier teve sua honra mortalmente ferida com a prisão e as acusações de prática de corrupção e que, mesmo absolvido na Justiça, sua imagem estava liquidada na opinião pública, com as informações de que havia desvio de 80 milhões de reais do programa de ensino a distância.

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