Definição de coligações está nas mãos de Esperidião Amin

Faltando apenas 82 dias para as eleições não se tem sequer a nominata dos candidatos ao governo e senado.  A política de alianças e as candidaturas podem clarear neste fim semana, data em que o deputado federal Esperidião Amin (PP) anunciará qual sua decisão. Ele dá as cartas e joga de mão na coligação oposicionista.

A primeira formula articulada nos últimos dias teve uma mudança. O deputado João Kleinübing, do DEM, recusou convite de Gelson Merisio (PSD) para ser o candidato a vice, tendo Esperidião Amin e Raimundo Colombo ao Senado. Kleinübing tem bronca de Merisio, está valorizando o passe ou joga afinado com Amin?

O ex-governador estará hoje no oeste para o lançamento de sua candidatura ao governo em Nova Itaberaba, perto de Chapecó. Lá vai receber apelos para disputar o governo. 

O comando nacional do PSDB sonha com Amin ao governo, apoiando Geraldo Alckmin a presidência.  Teria Kleinübing de vice e dois tucanos postulando ao Senado. Raimundo Colombo faz a mesma torcida.

Equações não faltam. Se Amin fechar com Gelson Merisio, o vice-governador pode ser Ninfo König (PSB), de Joinville. Disputando o governo, abre dissidência na aliança e busca nova composição.

Gratificação

O governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) garantiu que não haverá atraso no pagamento dos salários dos servidores até o fim da gestão. Esclareceu que a antecipação da metade do 13o. salário foi um benefício introduzido no governo Luiz Henrique. E só não manteve a tradição por ter recebido uma dívida bilionário e porque houve queda na arrecadação. Prometeu os outros 25% para setembro.

Herança

Eduardo Pinho Moreira esclareceu que a Fazenda não teve condições de pagar os 50% do 13º salário porque recebeu uma herança pesada da gestão anterior e porque houve forte queda da receita. Falou dos R$ 650 milhões em dívidas deixadas por Colombo, outros R$ 650 milhões de acréscimo na folha e mais R$ 250 milhões de dívidas empenhadas de 2017. Paga, também, todos os meses,10 milhões de reais das pedaladas que o ex-governador executou na Celesc. E agora em julho terá que desembolsar R$ 90 milhões do empréstimo do Pacto por Santa Catarina. 

Ofensiva

O deputado Gelson Merisio (PSD) criticou o não pagamento dos 50% da gratificação aos servidores: “O PMDB é PhD em atrasar salários. Em sete anos, passando por crises mais agudas, o governo não deixou de antecipar o 13º. Não há justificativa. A receita cresceu em junho 14% em relação a 2017. A única explicação para o atraso está nos R$ 200 milhões de convênios assinados com os prefeitos do MDB”.

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