A semana está terminando com mais um capitulo na crise provocada pela decisão do governador Carlos Moisés da Silva de aumentar a alíquota do ICMS em 17% sobre os defensivos agrícolas.

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O tema foi debatido nesta sexta-feira (16) pela manhã na reunião mensal da Diretoria e Conselhos do Sistema Fiesc, com palestra do deputado Marcos Vieira, presidente da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa e autor do projeto 236, que prorroga o reajuste tributário para 31 de agosto.

O setor produtivo, em posição unânime, posicionou-se contra a decisão do governador. Já enviou ofício pedido que restabeleça o benefício fiscal para a agricultura e para outros setores que continuam esperando o projeto do rescaldo prometido pelo poder executivo.

As manifestações em defesa da agricultura catarinense de multiplicaram durante esta semana, oriundas das mais diferentes organizações do próprio setor e de outros segmentos da área produtiva.

As críticas se avolumaram dentro da Assembleia e até em veículos nacionais de difusão agrícola com a desastrada entrevista do governador classificando os incentivos aos defensivos como “excrescência política” e definindo os defensivos como venenos.

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Fato novo foi registrado nesta quinta (15) com a própria vice-governadora do Estado, Daniela Reinehr, que tem propriedade agrícola no oeste, a favor da manutenção dos incentivos e, portanto, contra a decisão do governador.

Mais relevante, para agravar o cenário que separa o setor produtivo do governador catarinense, foi a Carta Aberta assinada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária, José Zeferino Pedroso, com as mais contundentes críticas já disparadas contra Moisés da Silva desde sua posse em janeiro.

A semana termina num clima de expectativa sobre as próximas ações e decisões do governador. Moisés da Silva vai decidir se sanciona ou veta o projeto aprovado na Assembleia por unanimidade. 

Leia também: Incentivo fiscal para agrotóxicos em Santa Catarina já existe desde 2001

O que está claro nesta polêmica é a posição da esmagadora maioria dos deputados a favor da agricultura e contra a repentina decisão do governador catarinense, sem qualquer base técnica ou científica.

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Até agora não houve uma só voz de expressão em defesa da posições do governo.

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