A decisão do presidente Jair Bolsonaro de cancelar filiação no PSL para fundar o "Aliança pelo Brasil" vai isolar o governador Carlos Moisés da Silva, que já definiu pela permanência na sigla que o elegeu há um ano. Durante ato realizado em Brasilia, dos quatro deputados federais do PSL, apenas um vai continuar na legenda: o atual presidente do Diretório Estadual, Fabio Schiochet, indicado para o cargo pelo governador e a ele fortemente vinculado.
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Na Assembleia Legislativa (Alesc), quatro dos seis deputados estaduais já estavam fora do grupo de apoio a Moisés. Na tarde desta terça-feira (12), sob a liderança do deputado Sargento Lima, esta corrente definiu posição a favor da nova legenda e de afinidade com o presidente Bolsonaro.
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Várias reuniões entre os pesselistas ocorreram durante o dia, justamente para tratar do futuro partidário. Segundo a assessoria do deputado Coronel Mocelin, ele deverá acompanhar o presidente Bolsonaro. Neste caso, apenas o deputado Ricardo Alba permaneceria no PSL, ligado ao governador.
O novo partido está chegando com propósito de ocupar espaços na política de Santa Catarina. O deputado Daniel Freitas, que esteve na reunião em Brasília com Bolsonaro, acompanhado da deputada Carolini de Torni e do deputado Coronel Armando, confirmou para o dia 21 de novembro, às 10 horas, a Convenção Nacional para fundação da Aliança pelo Brasil.
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A previsão dos organizadores é de que a oficialização da nova sigla ocorra em março de 2020. Freitas pediu cautela a todos os parlamentares que seguirem Bolsonaro para evitar processos dos atuais dirigentes do PSL. A janela aberta para novas filiações só ocorrerá após a fundação do novo partido.
Ele antecipou que a Aliança pelo Brasil começará sem fundo partidário, com um esquema de compliance e prestação de contas on-line e rigor nas filiações em relação à identidade com a direita e o conservadorismo.
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