A CPI da Ponte Hercílio Luz acabou em pizza. O relatório do deputado Bruno Souza foi rejeitado por 5 dos 9 votos da Comissão Parlamentar de Inquérito. Votaram com o relator apenas os deputados João Amin, Jessé Lopes e Sargento Lima.
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Foram excluídos do relatório final todos os indiciamentos feitos pelo parlamentar, incluindo o ex-governador Raimundo Colombo.
O documento final terá relatório do deputado Fernando Kreling, do MDB, que será analisado e votado na sessão de terça-feira a tarde.
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Na origem da rejeição do relatório está a decisão de Bruno Souza de incluir o ex-governador Colombo e engenheiros que trabalharam com dedicação na recuperação da ponte e não tiveram participação direta nos contratos aditivos e outras irregularidades apontadas pelo relator.
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O relator anunciou que mesmo derrotado pela maioria enviará seu relatório para análise do Ministério Público Estadual.
O balanço da CPI até aqui é negativo. Deu palanque político e visibilidade ao deputado Bruno Souza, mas pelo resultado final representou perda de tempo e de material para o legislativo.
A rigor, nenhuma grande surpresa, eis que o Ministério Público Estadual anos atrás realizou uma profunda investigação sobre os contratos e aditivos de restauração da Ponte Hercílio Luz.
É sabido que o Ministério Público tem mais estrutura e agilidade para investigações desta natureza na comparação com as equipes da Assembleia Legislativa.
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Além disso, a Assembleia é uma instituição essencialmente política, sujeita a diferentes pressões e contrapressões.