O desembargador Rogério Favreto não faz ideia do monumental prejuizo causado ao Poder Judiciário com esta decisão imtempestiva e esdrúxula, articulada com deputados e advogados do PT, conceder liminar para soltar o ex-presidente Lula.
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Indignação, revolta e desencanto nacional foi o mínimo que se registrou após a divulgação da estapafúrdia ordem de soltura. Um cenário de caos politico e juridico passou a ser desenhado por autoridades e lideranças. Disputa entre Poderes tem sido comum. Guerra de liminares entre ministros entraram na rotina do frustrante noticiário sobre a Justiça. Mas conceder liberdade a um criminoso, condenado duas vezes e preso, é inédito no Judiciário.
Mais grave: o desembargador Rogério Favreto é petista de carteirinha. Filiado ao PT por 20 anos, foi procurador do prefeito Tarso Genro, serviu ao governo Lula e no Ministério da Justiça com Genro.
Em 2011, com a aposentadoria do desembargador Valdemar Capeletti, a nomeação do sucessor deveria recair sobre um advogado de Santa Catarina. A tradição era de, na representação dos tres Estados, pelo quinto constitucional, um catarinense seria o escolhido.
A lista tríplice eleita pelo TRF-4 foi integrada por Osvaldo Pedreira Hor(SC), Liliane Busato Batista(PR) e Rogério Fraveto(RS). A presidente Dilma nomeou o correligionário. E ele paga a fatura.
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A União Nacional dos Juizes Federais(Unajuf) emitiu nota de repúdio contra o desembargador Rogério Favreto, condenando a “politizacão illegal do Judiciário” e enfatizando que “a decisão não é juridicamente válida e que tempouco merece crédito”.