O que o senhor achou da escolha do juiz Sérgio Moro para ministro da Justiça e Segurança Pública?

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Rodrigo Collaço: Uma escolha excelente, baseada no trabalho que o juiz Sérgio Moro exerceu na magistratura. Um trabalho honrado, digno e corajoso e tem o reconhecimento do convite para esta importante função executiva. Abrilhanta a carreira, porque temos seguidamente juízes que deixam a atividade por aposentadoria ou pela iniciativa privada. O juiz Sérgio Moro pede exoneração da magistratura para servir ao Brasil no Executivo. É totalmente habilitado e preparado, e certamente ajudará o país a aprimorar o combate à corrupção.

O que o senhor ouviu de seus colegas do Judiciário?

Collaço: A maioria compartilha de um sentimento de alegria e satisfação por ver um colega destacado, que fez um serviço tão importante para o Brasil, ser reconhecido para esta função. Enfrentará na mesma pasta as questões da Justiça e da Segurança Pública. 

O que o senhor espera do novo ministro?

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Collaço: A certeza de que o Executivo agora se somará a todos os outros entes públicos que desejam combater a corrupção no Brasil, sem qualquer subterfúgio, mesmo que atinja a classe empresarial e os políticos. Temos alguém ocupando uma função importantíssima que coordenará os órgãos que combatem a corrupção, comprometido com essa causa. Não vejo reparo nenhum e tenho certeza de que o Brasil ganhará muito com esta indicação, com este desprendimento do juiz Moro de deixar uma carreira segura, como é a magistratura, para ocupar um cargo muitas vezes sujeito a tormentas políticas. Com o juiz Sérgio Moro, o Brasil sai ganhando.

A Lava-Jato corre algum risco?

Collaço: Não tenho esse receio. Creio que é muito mais fácil encontrar alguém para realizar um trabalho semelhante ao do juiz Sério Moro do que encontrar alguém com um perfilt tão completo para ocupar o cargo de ministro da Justiça. Há muitos juízes bons, duros, rígidos, honestos e competentes. Mas, infelizmente, no âmbito político, não temos pessoas com estas credenciais e a excelente biografia do juiz Sérgio Moro.

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