A economia catarinense tem ritmo de crescimento superior à China. No comparativo de arrecadação entre os dias 1/1 e 26/2 de 2018 e 2019, há um incremento de mais de meio bilhão de reais com ICMS. Resultado da excelência do trabalho do Fisco catarinense e da retomada da economia com o clima de confiança no governo de Jair Bolsonaro, acima de tudo, com a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência.

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Neste período a arrecadação atingiu R$ 4.087.800.000, em 2019, ante R$ 3.531.100.000 no ano passado. Isso representa um crescimento adicional de R$ 552.700.000 nos cofres públicos, um aumento de 15,6%.

A China cresceu 6,6% no ano passado. Claro que a comparação merece ponderações. O ritmo chinês nos últimos 15 anos foi alucinante, e o Brasil vem de uma recessão. Mas, mesmo assim, é um crescimento expressivo.

Mas por que, afinal, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e o secretário estadual da Fazenda, Paulo Eli, propagam o pessimismo? Acredito que o governador foi induzido ao erro, incorporando o discurso do secretário da Fazenda, profundo conhecedor das contas públicas, o auditor Paulo Eli. Como é novo na política, embarcou na tese de seu subordinado.

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É claro que as contas públicas estão no vermelho e que são gigantescos os desafios de manter os pagamentos em dia: dívida, financiamentos, repasses aos poderes e o crescimento vegetativo da folha colocam o Estado com a água já na altura do nariz. Mas por que Paulo Eli fala em atraso de salário em caso de não retirar os incentivos fiscais?

MDB x PSD

Outro motivo, sem dúvida, é cutucar o ex-secretário estadual da Fazenda Antônio Gavazzoni, mentor de uma política de incentivos fiscais agressiva. Quando Paulo Eli diz que nem ele sabe quais são as empresas que recebem incentivos fiscais, como afirmou na Alesc, e que existem contratos de gaveta, é uma crítica com endereço certo.

Entretanto, Paulo Elo só não sabe quais são as empresas beneficiadas porque não quer. Os auditores têm acesso irrestrito a todos os benefícios concedidos, setor por setor, empresa por empresa. Basta ter vontade, paciência para trabalhar e pesquisar.

No gancho

Fonte da coluna informa um hábito terrível que ocorre na vigilância sanitária de Florianópolis. Há um único telefone de contato com a população para atender às denúncias, que são inúmeras. O contribuinte, muitas vezes, pena na tentativa de conseguir falar com alguém. O telefone, frequentemente, é retirado do gancho. Sempre é bom lembrar: o servidor deve atender ao público.

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A lógica de Eli

Certa vez, o técnico do São Paulo, o Cuca, me disse que a melhor coisa para um treinador é pegar um time ameaçado de rebaixamento, mal das pernas. Pior não pode ficar, me explicou. Qualquer subida na tabela é comemorada. Essa é a lógica. Paulo Eli sabe que a economia está reagindo, e a arrecadação também. Mesmo assim, traça o cenário do caos. Depois, no final do ano, na hora de reunir a imprensa e falar dos resultados, vem a explicação: “Fizemos os ajustes necessários, a situação era bem difícil, e graças ao nosso esforço, mantivemos os salários em dia”.

Curtas

GASOLINA

Motoristas reclamam que alguns postos aproveitaram para aumentar o valor da gasolina na véspera do Carnaval. Alegam oportunismo dos empresários do setor com o grande fluxo de visitantes no feriado para ampliar o faturamento.

OUTRO LADO 1

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis coloca a culpa nos reajustes aprovados pela Petrobras em fevereiro para gasolina, diesel e álcool anidro. Ressalta, ainda, que cada posto segue o princípio da livre concorrência e que o controle é exercido com rigor pelo Procon.

SE LIGA, PREFEITO

A Secretaria Nacional de Juventude, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, está disponibilizando aulas de ensino a distância do Inova Jovem, projeto nacional para jovens mudarem de vida por meio do empreendedorismo. Para que isso seja possível, os gestores municipais de juventude devem solicitar a abertura das turmas em seu município pelo e-mail operacional@agenciabesouro.com até 10 de abril. Serão atendidos jovens de 15 a 29 anos.

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