O ex-governador Raimundo Colombo, responsável pelas obras que viabilizaram a conclusão da Ponte Hercílio Luz, confirmou que não recebeu qualquer convite para participar da reinauguração do maior ícone de Santa Catarina.

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Ele está viajando para Lages, onde vai passar o réveillon com os familiares. Antes de reiterar o "não convite" por parte do governador Moisés da Silva, Colombo revelou ter tido o cuidado de consultar todos os e-mails, whatsapp e assessores para conferir se haviam recebido algum convite impresso ou comunicação em seu nome. Tudo negativo.

Seus assessores e amigos mais próximos não escondem indignação com esta omissão, alegando que foi ele o responsável por mais de 80% das obras de conclusão de toda a reforma. Mais do que isso: Raimundo Colombo rescindiu o contrato com a construtora Espaço Aberto, que vinha enrolando na execução das obras, com atraso no projeto, e montou um esquema especial para contratar a Teixeira Duarte, empresa portuguesa com grande conhecimento na restauração e reconstrução de pontes em todo o mundo.

Estas duas decisões, decisivas para o ato desta segunda-feira (30), foram tomadas depois de muitas consultas e cuidados jurídicos especiais. 

A rescisão com a Espaço Aberto serviu para evitar o que ocorreu com a duplicação da SC-401, estrada estadual que liga o centro da Capital às praias do Norte da ilha, que foi muito mal feita e resultou em ação judicial que hoje está em execução, depois de trânsito em julgado, que vai exigir do Estado o desembolso de mais de R$ 2,3 bilhões.

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A Espaço Aberto entrou com ação de indenização na Justiça Estadual, mas perdeu em todas as instâncias, segundo assessores de Colombo. O novo contrato foi ainda mais meticuloso. O governador ouviu a Assembleia Legislativa, consultou o Tribunal de Justiça, pediu aval do Tribunal de Contas e do Ministério Público para contratar a Teixeira Duarte sem licitação. E garantiu total transparência no contrato, aditivos e obras complementares.