O primeiro dia de sessões ordinárias da Assembleia Legislativa mostrou um clima político desfavorável ao governo Moisés da Silva. Deputados da base do governo e até do mesmo partido do governador fizeram várias críticas à falta de iniciativa da atual administração, ao excesso de burocracia e até a falta de respeito de secretário com a representação parlamentar.

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O deputado Felipe Estevão, do PSL, fez um forte discurso da tribuna classificando a atual gestão de “amadora” e fazendo comparativos da equipe de Bolsonaro com o primeiro escalão de Moisés da Silva. 

O deputado Miltom Hobus, do PSD, concentrou foto no excesso de burocracia, criticando pedidos exagerados da Casa Civil e da Secretaria da Saúde na liberação de recursos de convênios. Exibiu dois documentos enviados a Prefeituras do Alto Vale e rasgou os dois pedidos da tribuna, irritado com a falta de sensibilidade. O governo pedia lista dos pacientes em filas do atendimento médico e relação de medicamentos para efeito de assinatura de convênios.

O deputado Ivan Naatz, do Partido Liberal, manteve a linha oposicionista atacando a falta de iniciativa para problemas emergenciais do Estado.

Marcius Machado, deputado do PSB, criticou a decisão da Secretaria da Saúde de retirar o tomógrafo instalado no Hospital e Maternidade Tereza Ramos de Lages, transferindo o equipamento para o Hospital Regional de São José. E revelou que até os leitos estavam sendo levados do Hospital, fato que não ocorreu por intervenção da deputada federal Carmem Zanotto, do Cidadania.

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A manifestação mais contundente partiu do deputado Valdir Cobalchini, do MDB, revelando ter sido expulso do gabinete pelo secretário da Infraestrutura, Carlos Hoesler, quando acompanhava o prefeito de Pinheiro Preto, Pedro Rebuske, do MDB, para tratar de assunto de interesse do município. O fato causou nota de repúdio contra o secretário Hoesler, assinada pela Mesa Diretora da Assembleia.

O líder do governo Mauricio Eskudlark lamentou a ocorrência e explicou que o governador não concordava com o ocorrido. O secretário não se pronunciou sobre o episódio.