Catarinenses querem que empresa gaúcha seja incorporada pela Eletrosul

O Fórum Parlamentar de Santa Catarina volta a dar demonstração de elogiável unidade política em favor das principais aspirações da população. Abraçou a causa pela manutenção da Eletrosul em Santa Catarina. Se depender dos senadores e dos deputados, a fusão da Eletrosul com a CGTEE, a empresa gaúcha será incorporada pela estatal com sede em Florianópolis. E não o contrário, como está previsto pela Eletrobrás.

Isto ficou claro na audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, com ampla participação dos parlamentares federais, com a presença de diretores das duas empresas e de grande número de técnicos e empregados da Eletrosul.

Coube ao senador Esperidião Amin(PP) fazer as sugestões mais objetivas e práticas do evento. Convocar o governador Moisés da Silva para se incorporar à causa em defesa da Eletrosul e pedir uma audiência coletiva ao presidente Jair Bolsonaro.

A tese do ex-governador é incontestável. A decisão de incorporação da Eletrosul pela CGTEE é política, como politica foi a decisão de transferir a sede da estatal federal do Rio de Janeiro para Florianópolis na década de 1970. Amin lembrou que era prefeito e falou dos impactos positivos, econômicos, financeiros, socais e até culturais com a chegada dos “eletrosuis”, como eram chamados os empregados que vieram do Rio para a capital.

Posição que vários parlamentares também defenderam, valendo-se de vários comparativos, para argumentar que uma empresa menor não pode incorporar a maior, que “a minhoca não pode engolir uma cobra”, etc. Além disso, a CGTEE tem uma dívida de 4 bilhões de reais.

No almoço oferecido ao Fórum, o governador prometeu engajar-se na mobilização e participar da audiência com Bolsonaro em Brasilia.

O senador Jorginho Melo fez um dos mais contundentes discursos na audiência pública sobre a fusão da Eletrosul com a CGTEE. Disse: “Lá em Brasilia somos prejudicados por sermos competentes. Eles dizem que Santa Catarina não precisa de nada. Agora, ficam se importando com uma empresinha nos “quintos dos infernos” do Rio Grande do Sul. Se depender de Jorginho Melo, a CGTEE sera departamento da Eletrosul”.