O secretário da Saúde, deputado Vicente Caropreso (PSDB), está demissionário. Marcou a data de sua saída do governo Colombo para o dia 28 de dezembro. A Secretaria da Saúde entrará em recesso esta semana, como de resto todos os órgãos da administração estadual. Mas alguns comissionados e técnicos retornarão no fim do ano para concluir várias operações, aí incluindo alguns pagamentos a fornecedores e acompanhar a polêmica relação com a SPDM e a gestão complicada dos hospitais Florianópolis e Regional de Araranguá.
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Publicamente, o médico Vicente Caropreso se contém em relação às promessas feitas quando assumiu o cargo, e que não foram atendidas. Nos bastidores, contudo, líderes tucanos que com ele mantêm relações, transmitem sua decepção com as dificuldades que enfrentou desde janeiro de 2017, quando assumiu o cargo.
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Foram dadas a ele garantias de que as dívidas milionárias da Secretaria da Saúde, tanto dos créditos atrasados da Secretaria da Fazenda quando dos créditos devidos aos fornecedores, seriam liquidadas durante sua gestão. O que ocorreu foi o contrário. Os repasses não aconteceram e as dívidas que eram superiores a R$ 600 milhões quando tomou posse passaram para mais de R$ 700 milhões com nova auditoria e vão terminar o ano perto de um R$ 1 bilhão com o acréscimo de R$ 240 milhões, definidos nos 13% da receita pela Constituição.
O secretário tentou aprimorar a gestão, mas encontrou desvios e não teve retaguarda para impulsionar seus projetos. Os desafios, os problemas e as adversidades foram muito maiores do que previa.
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