Consenso nacional entre partidos, economistas e empresários: o país vive a maior crise da história. Enfrenta gigantesco deficit fiscal, está em brutal recessão, tem uma tragédia com 13 milhões de desempregados, a previdência está falida, a infraestrutura estourada e o orçamento inviabilizado. Outra opinião majoritária: a reforma previdenciária é fundamental para tirar todos governos da falência, atrair investimentos e promover a retomada do desenvolvimento nacional.
Continua depois da publicidade
O presidente Bolsonaro enviou o projeto da reforma previdenciária ao Congresso Nacional no dia 20 de fevereiro. Já se passaram três longos e penosos meses e o que fez o parlamento? Limitou-se a aprovar a proposta apenas na Comissão Especial, depois de reuniões com discussões estéreis, confrontos ridículos e reduzido debate construtivo. Numa situação de emergência, o que se espera é dedicação plena dos personagens envolvidos. Aqui, os parlamentares tratam um tema tão grave e relevante com descaso, com chantagens fisiológicas, imposição de troca-troca, jogadas ideológicas, pressões inconfessáveis etc.
Neste maio decisivo da reforma da previdência, ao invés de um mutirão cívico, de uma jornada dupla de trabalho, veio a negação? Os presidentes do Senado, David Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia, foram passear em Nova Iorque, a pretexto de reuniões com empresários. E o presidente Jair Bolsonaro viajou ao Texas para receber um prêmio.
Ao invés de um esforço concentrado e geral, um presidente confuso e desarticulado e congresso perdulário, que vota só nas terças e quarta-feiras, faz feriadões em qualquer data, desconecta-se da Nação.
Com a conhecida inércia, só agrava a crise.
Continua depois da publicidade
Sobre o bloqueio da educação
Documento das decisões aprovadas na audiência pública da Comissão de Educação da Câmara Federal será entregue nesta quarta-feira ao ministro da Educação, em Brasilia. Um das críticas mais comuns entre parlamentares e oradores foi concentrada na falta de critérios para a execução do contingenciamento. A maior – não mencionada – foi a equivocada comunicação do MEC e do governo.