Durante o Encontro da Mídia Regional na manhã desta quinta-feira (22), no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro anunciou estudos para reformar a legislação trabalhista com objetivo de incentivar a geração de novos empregos. Considera que há normas e leis exageradamente rigorosas e minuciosas que desestimulam os investidores a novas contratações. Na mesma direção, pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para desenvolver um amplo programa já intitulado “Minha Primeira Empresa”, com desburocratização para sua criação.
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O Café da Manhã com o presidente começou com 40 minutos de atraso, justificado pela realização de uma entrevista, no salão oeste, com a presença dos presidentes e diretores das entidades de comunicação de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, de profissionais da imprensa catarinense convidados e de três ministros, além de toda a equipe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
O presidente chegou, explicou os motivos do atraso, e fez um longo desabafo sobre os problemas que vem encontrando em diversos órgãos do governo federal e as críticas recebidas da grande imprensa nacional.
Começou condenando os bilhões de reais que o BNDES liberou para financiar empresários a comprarem jatinhos milionários, com juros subsidiados e prazos longos. Lamentou que a grande imprensa esteja distorcendo suas falas e as matérias envolvendo a vida da avó de sua esposa. E voltou a enfatizar que vai exercer toda a autoridade de presidente da República, substituindo dirigentes da Policia Federal, da Receita Federal e de órgãos que estejam aparelhados ou com atuação deficiente.
Comentou também que as relações com o Parlamento hoje são tranquilas e sugeriu comparecem o nível de seus ministros com governos anteriores. O presidente reiterou os compromissos de campanha, disse que pediu estudos para abrir a caixa preta do ECAD e voltou a defender a indicação do filho para a Embaixada do Brasil em Washington.
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— Temos que fazer a coisa certa. Aqui, cada ministro era dono do seu Ministério, no mau sentido. Temos compromissos com a população para mudar.
Depois do presidente, falaram os generais Luiz Eduardo Ramos e Augusto Heleno, todos reiterando apoio ao presidente e reafirmando que o estilo sincero e franco de se manifestar é uma constante em décadas e que ele não vai mudar. Coube ao presidente da Acaert, Marcello Petrelli, saudar o presidente em nome dos presentes, dando destaque a importância da mídia regional nas relações dos governantes com a população. Falou do apoio da entidade na reforma da previdência e das campanhas educativas que vem sendo realizadas pelos meios eletrônicos em Santa Catarina.
Também se manifestaram sobre a relevância da mídia regional o vice-presidente da ADI, Adriano Escada, e o vice-presidente da Acaert, Ranieri Bertoli, que integra o Conselho Nacional de Comunicação do Congresso Nacional.
Depois da reunião, o presidente Bolsonaro permaneceu durante algum tempo recebendo homenagens de vários participantes, conversando descontraidamente sobre vários temas e posando para fotos.
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