O governo do comandante Carlos Moisés da Silva, do PSL, chega no final do segundo mês dentro de um clima de insegurança jurídica e com declarações que provocam reações em diferentes segmentos.
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Veio primeiro a polêmica sobre os decretos que cancelam isenções fiscais concedidas nos últimos anos, o que continua provocando críticas do setor produtivo, pela surpresa e pela falta de transparência.
Ninguém sabe ao certo que os produtos e os setores que serão atingidos a partir de 1º de abril, quando os decretos do governador Eduardo Moreira entram em vigor.
Na sequência, a exposição do secretário da Fazenda, Paulo Eli, descrevendo um cenário crítico sobre a situação financeira do governo. Com dados sobre a dívida pública, o déficit da previdência, as ações judiciais e as despesas vinculados, afirmou que o governo está na beira do precipício.
Deixou a sensação de que não há garantias para pagamento dos salários em dia dos servidores públicos estaduais.
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O tom alarmante da exposição desagradou deputados de vários partidos, com intervenções críticas nos dois últimos dias. Na quarta-feira (20), o deputado Laércio Schuster, do PSB socialista, chegou a sugerir a convocação de uma CPI para investigar a politica de incentivos, recebendo adesão de vários deputados. Ele foi crítico sobre o cenário descrito pelo secretário da Fazenda.
Para completar este cenário, o governador Moisés da Silva declarou em Brasilia que o governo não provisionou o 13º salário dos servidores em janeiro e não vai fazer os depósitos em fevereiro. E admitiu atraso nos salários, segundo informa o repórter Ânderson Silva, no DC.
Não dá para entender: se a arrecadação cresceu 13% na media e a inflação é de 3%, não há como explicar o desequilíbrio alarmista.
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