O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) sofreu uma derrota política acachapante na Assembleia Legislativa. E levou, despenhadeiro abaixo, o secretário da Casa Civil, Douglas Borba, que enviou mensagem ao líder do governo, deputado Mauricio Eskudlark( PL) para que pedisse vista do projeto 236/19, do deputado Marcos Vieira, suspendendo o aumento do ICMS até 31 de agosto. Borba queria tempo para convocar os “verdes” contra os “venenos”, equilibrando o jogo, agendando uma reunião do Secretário Paulo Eli, com os deputados e dirigentes da agricultura.

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O apelo do secretário foi ignorado. Eskudlark e os deputados da base governista sinalizaram, ao contrário, que estavam com os agricultores, quando assinaram “Nota da Bancada do Oeste” contra o aumento do ICMS de 17% sobre defensivos agrícolas.

Resultado: não houve nenhum pedido de vista e o projeto do deputado Marcos Vieira (PSDB) foi aprovado por unanimidade na Comissão. Surpresa maior, contudo, viria na apreciação da matéria em plenário. Foram unânimes os votos dos 35 deputados presentes, aí incluídos novamente os deputados da base oficial e o líder governista.

A Alesc está, novamente, procurando salvar a economia catarinense. A decisão do governo, onerando vários produtos e atingindo dramaticamente o setor agrícola, foi considerada “equivocada, inoportuna, irresponsável e descabida”, por líderes e deputados.

Oeste unido

Antes da aprovação do projeto do deputado Marcos Vieira pela suspensão do aumento do ICMS sobre defensivos agrícolas, a bancada do Oeste divulgou nota oficial a favor dos agricultores. Teve a assinatura de quatro deputados estaduais do MDB, quatro do PT, dois do PL e um do PSD, de PSDB, PSC, PSL e PP. Até o líder do governo, Mauricio Eskudlark (PL) subscreveu o documento a favor do setor rural.

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