Toda eleição é a mesma polêmica. As pesquisas eleitorais mudam o voto dos eleitores, são manipuladas, refletem o pensamento do momento e seus dados não são confirmados pelas urnas.
Este ano, as consultas em relação à sucessão presidencial têm um fato novo. Os institutos sabem que, pela lei, pelos ministros do TSE e pelos pareceres dos juristas, o ex-presidente Lula é ficha suja e está inelegível. Virou presidiário, encarcerado na Policia Federal de Curitiba. E responde a outros processos na Justiça Federal do Paraná e de Brasília. E os institutos insistem em fazer prévias com o nome do ex-presidente. Criam fatos políticos sobre hipóteses inexistentes.
Em Santa Catarina, as incongruências das pesquisas, sua manipulação ou equívocos na realização datam de 1982, quando da eleição do governador Esperidião Amin (Arena). O resultado apertado da vitória sobre Jaison Barreto (PMDB) ficou distante dos números das prévias. Fato repetido em 1985. Francisco de Assis Filho (Arena) liderava com folga e estava eleito. Abriram-se as urnas e a apuração elegeu Edison Andrino de Oliveira (PMDB).
Este ano, não houve divulgação de pesquisas. Não se sabe nem quais são os candidatos, alega-se. Mas as pesquisas internas, contratadas pelos partidos e candidatos, multiplicam-se todas as semanas.
São avaliadas todos os dias, mas a população ignora quem está bem, quem melhorou e os que pioraram nos últimos meses.
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