O setor do agronegócio de Santa Catarina continua impactado com a execução da Operação Trapaça, desdobramento da Carne Fraca, atingindo o coração da BRF, a maior exportadora de carnes de frango do Brasil.
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O grupo já vinha atravessando uma grave crise de gestão, com críticas ao presidente Abilio Diniz e movimentos internos por sua substituição, em decorrência dos prejuízos milionários registrados nos balanços dos últimos anos.
Com a operação da Polícia Federal, a cúpula da empresa ficou em situação ainda mais delicada. As ações tiveram uma queda brusca de 20%; o valor de Mercado despencou e ninguém consegue prever as consequências no mercado internacional.
As razões apontadas pela PF são consideradas muito graves porque envolvem a questão sanitária e a qualidade dos produtos das marcas da BRF.
Nota da empresa assegura que não há problemas com a saúde da população pelos fatos mencionados na operação federal. Mas se surgir alguma restrição mais grave da União Europeia ou dos países asiáticos, os produtores de aves de Santa Catarina poderão sofrer as consequências, com queda nas exportações.
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Além disso, todo o ciclo do agronegócio será diretamente atingido, com redução na produção pelos frigoríficos, demissão de pessoal, queda na compra de aves pelas indústrias e atingindo até o comércio varejista.
A BRF nasceu da fusão da Sadia com a Perdigão, duas gigantes do agronegócio que nasceram em Santa Catarina. A Sadia em Concórdia pela visão de Atilio Fontana. E a Perdigão em Videira pela criatividade de Saul Brandalise.
As autoridades e os empresários do setor do agronegócio tem que agir rapidamente, matar o mal pela raiz, punir de forma exemplar os laboratórios que fraudaram os exames e todos os dirigentes e empregados envolvidos na fraude.
O agronegócio é uma das bases da economia catarinense. A venda de carnes de aves e suínos continua sendo um dos principais itens nas exportações do Estado. Qualquer queda atingirá diretamente até a arrecadação estadual.
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