O Procurador Regional Eleitoral, Marcelo da Mota, participará esta semana em Brasília de reunião nacional com todos os procuradores e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Na pauta, uma avaliação do segundo turno das eleições. Um dos temas será a multiplicação das fake news.

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Qual o fato principal no segundo turno das eleições em SC?

Concentramos atividades nas fake news, especialmente as que viralizaram sobre a segurança das urnas. Houve até alegação de fraudes, que não vimos em nenhum momento. Nada de verdadeiro. Ao contrário, uma campanha absurda e até odiosa, querendo indicar corrupção, improbidade e comprometimento.

As pessoas precisam ter mais responsabilidade. A Justiça e a democracia exigem a verdade. Precisamos ter um novo marco legal que dê um basta na atividade. Não é porque a pessoa está na frente de um computador que pode falar coisas. A liberdade de expressão é um valor constitucional, mas convive com outros valores. Com fake news vivemos o império da mentira.

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O que deve ser feito para acabar com as fake news?

Não só em relação ao processo eleitoral, mas durante toda a convivência, há necessidade de um limite. Não se pode divulgar uma inverdade, ofender uma pessoa ou instituição. Ninguém pode lançar mentiras e falar besteiras e achar que tem proteção.

 

Houve agilidade das empresas na eliminação das fake news?

Sempre há uma demora natural, própria do sistema de Justiça. Mas as empresas captaram bem a mensagem e retiraram do ar fakes do Facebook, Twitter, WhatsApp, Youtube.

 

O WhatsApp é o mais grave pelo caráter privado?

É o WhatsApp, porque a pessoa que ali atua se considera protegida por duas barreiras: o computador e a rede do sistema. Quem usa o WhatsApp também precisa ter mais responsabilidade no uso dessa rede. É preciso checar as notícias antes de compartilhar. A Justiça está pronta para quebrar o sigilo quando houve divulgação ilegal ou criminosa.

 

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