A decisão do PSDB de se coligar com o MDB oxigenou a campanha do deputado Mauro Mariani. O PSDB tem a terceira maior estrutura partidária do Estado. Aparece atrás do PSD, que há dois anos mantém a candidatura de Gelson Merisio e, portanto, fora de qualquer parceria.
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Mais relevante foi a desistência da candidatura do senador Paulo Bauer da disputa ao governo. Afinal, Bauer e Mariani têm a mesma base eleitoral em Joinville e no Planalto Norte. Se ambos estivessem disputando haveria natural diluição dos votos na região, levando a decisão do governo para o segundo turno e facilitando o jogo eleitoral entre os adversários.
Impossível deixar de considerar que a fusão PSDB-MDB resgata a mesma aliança de 2010, quando Raimundo Colombo foi eleito no primeiro turno com Eduardo Moreira de vice. Naquela eleição, a coligação elegeu Luiz Henrique da Silveira pelo PMDB e Paulo Bauer pelo PSDB.
A coligação sofreu no início reações na militância do PMDB. Luiz Henrique, praticamente eleito, gastou todo o estoque retórico para levar Bauer consigo. Repetia em todos os cantos: “Quem votar em Luiz Henrique vai votar em Paulo Bauer”.
Em 2014, Bauer (PSDB) concorreu ao governo contra Colombo (PSD), aliado ao PMDB em 2014. Despontou como favorito no início do ano, foi atingido pelo inquérito do STF, manteve a candidatura ao governo, mas ficou sem fôlego para a jogada final.
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Mais do que garantir a reeleição, fortaleceu Mauro Mariani.