A literatura jurídica tem ricas histórias que enfatizam a força do Direito e a prevalência da Justiça sobre o autoritarismo. Um dos exemplos mais citados na academia remete para a Prússia do século 18. Frederico II, déspota culto e esclarecido, construiu um palácio de verão. Encantado com a paisagem, decidiu ampliá-lo numa área onde havia um moinho. O proprietário não queria vendê-lo. O monarca anunciou que iria ocupá-lo “na amarra”.  Ao que o moleiro proclamou a frase histórica: “Ainda há juízes em Berlim”. O imperador recuou.

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Lula, um líder popular inconteste, inebriou-se com o poder, envolveu-se com larápios, negou seu passado e liderou o maior esquema de corrupção da história do Brasil, como enfatizaram os três desembargadores do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre.

Tinha um projeto de poder.  Implantar o bolivarianismo, seguindo Chavez, Maduro, Morales e o Castro, regimes que até hoje infelicitam povos inteiros, atirando-os na miséria e no desespero, como ocorre hoje na Venezuela.

A monstruosa roubalheira que assaltou a Petrobras, as estatais e órgãos federais, garantiu as eleições de Lula e Dilma, como relatado pelos magistrados federais. 

Manipulando e mentindo, sem admitir responsabilidade nos atos de corrupção, partiu para ataques indiscriminados contra a Justiça. A exemplo do que tem feito a esquerda em greves, mobilizações, ações legislativas, processos eleitorais, queria levar no grito. Seus aliados até insuflaram a violência e a luta armada, com ameaças dos magistrados.

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O julgamento não deixou qualquer dúvida sobre o monumental esquema de corrupção montado pelo lulopetismo. Os treês desembargadores proferiam votos brilhantes. Gebran Neto firme, meticuloso, preciso, com sólidas provas documentais e testemunhais. Leandro Paulsen, mostrando os criminosos num cenário mais amplo do sistema de corrupção. E Victor Laus, didático e competente, com uma linguagem  mais popular.

O Tribunal Federal deu uma demonstração de independência, competência e qualificação.  O Judiciário, que ganha prestígio, punindo o mensalão e o petrolão, salvou as instituições.

Para o bem da Verdade, da Nação e da Justiça, ainda há juízes no Brasil.    

Referência

Durante a leitura de seu voto por mais de três horas, o desembargador federal João Pedro Gebran Neto citou inúmeros dispositivos constitucionais e legais para fundamentar o aumento da pena de condenação de Lula.

Quando fez apreciações sólidas, minuciosas e lúcidas sobre o recurso, citou votos do ministro catarinense Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça.

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Torpedos

1.“Lula foi o garantidor do esquema maior da organização criminosa. Um poderoso esquema que mostra a roubalheira por dentro.” (desembargador Gebran Neto);

2. “Lula agiu por ação e omissão para práticas criminosas”. “Lula foi beneficiário direto das propinas do triplex”. (desembargador Leandro Paulsen);

3. “Lula confundiu a Presidência da República com a presidência do PT”. “Lula cometeu 71 crimes e está sendo condenado por 2”. (desembargador Victor Laus).

Crucificado

Militantes petistas fixaram uma grande cruz nas manifestações do Nordeste para hipotecar solidariedade ao ex-presidente. Colocaram as fotos de Jesus Cristo e de Lula, com os dizeres “condenados sem provas”.

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O protesto viralizou na Internet e provocou uma bem humorada resposta: “Faz assim. Mata. Se ele voltar em três dias eu acredito nele”.

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