A operação desencadeada pelo Gaeco em São Miguel do Oeste contra atos de corrupção que teriam sido praticados no IMA de São Miguel do Oeste envolveu vários municípios. Chama-se “Irmandade” e compreendeu cinco mandados de prisão preventiva, 29 de busca e apreensão e três afastamentos cautelares da função pública, este envolvendo o administrador Rodrigo Eskudlark, filho do líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Mauricio Eskudlark(PR), que esteve no cargo há cerca de três meses.
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A operação investiga prática de crimes ambientais e liberação de licenças para obtenção de vantagens indevidas. Envolveu ações nos municípios de em São Miguel do Oeste, Barra Bonita, Santa Helena, Guaraciaba, São José do Cedro, Paraíso, Canoinhas, Joinville e Florianópolis.
Dados sobre a apuração das denúncias nos últimos dez meses foram revelados pela promotora de Justiça Marcela Fernandes, durante coletiva a imprensa em São Miguel do Oeste. O presidente do IMA, cel. Valdez Fernandes Venâncio, participou da coletiva e deu apoio as investigações.
Segundo a coordenadora do Gaeco, a operação Irmandade teve como objetivo a desarticulação de uma organização criminosa composta por servidores do Instituto do Meio Ambiente, engenheiros ambientais, despachantes ambientais e empresários suspeitos de receber valores em troca da agilização e facilitação de licenças ambientais, no âmbito de São Miguel do Oeste. Revelou que alguns dos investigados e servidores do IMA estariam facilitando a aprovação de projetos ambientais em troca de vantagens indevidas.
Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva contra dois servidores do IMA em São Miguel do Oeste; um engenheiro ambiental, um técnico agrícola e um despachante ambiental. Além disso, foram cumpridos três afastamentos cautelares, sendo o gerente regional do IMA de São Miguel do Oeste e dois cargos comissionados do IMA, em Florianópolis.
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Essa é primeira fase da investigação, sendo que o Instituto Meio Ambiente, por meio do presidente Valdez Rodrigues Venâncio, declarou apoio total a investigação. "Esperamos que os culpados sejam penalizados. Por isso cooperamos e colaboramos para que todos os fatos sejam esclarecidos. Nós temos total confiança no trabalho que está sendo realizado", disse o presidente do IMA.”